Imagens divulgadas por advogado mostram promotora empunhando taco contra ex; veja vídeo

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Imagens divulgadas pelo advogado Rodrigo Pouso mostram a promotora de Justiça de Sorriso (380 km de Cuiabá) que alega ter sido vítima de violência doméstica amedrontando o ex-marido com o que aparenta ser um taco. O episódio ocorreu minutos antes da entrada do delegado Bruno França na casa. O delegado é acusado pelo suposto agressor de ter agido de forma truculenta, Bruno França, por sua vez, alega que agiu para ‘salvar’ a mulher. As informações são do site Hipernotícias. Confira:

Nas imagens registradas no dia 30 de agosto é possível ver o ex-marido da promotora tentando deixar a casa e sendo interpelado por ela diversas vezes. Em determinado momento, os dois entram dentro da casa e quando retornam, cerca de 11 minutos depois, a mulher já está de posse do taco.

Ela chega a levantar o taco ameaçando bater do ex-marido, mas nada acontece. Por alguns segundos, os dois saem do campo de visão da câmera e o homem retorna com um celular na mão. A mulher tenta arrancar o aparelho das mãos do ex. Uma terceira pessoa que segundo o advogado Rodrigo Pouso é a sogra do homem, intervém na briga.

Logo na sequência, o delegado Bruno França, atendendo a um chamado da promotora, entra em cena empunhando uma arma. Ele vai em direção ao suspeito e fala alguma coisa diversas vezes até que o suspeito vira as costas e acaba levando um chute do delegado. Dentro da casa, o delegado continua apontando a arma para o homem com uma criança assistindo tudo. A sogra do suposto agressor chega a empurrá-lo para tirá-lo da mira do policial.

Em nota emitida nesta terça-feira (5), a Polícia Civil afirmou que os delegados de Sorriso foram acionados com urgência pela promotora em razão da situação envolvendo violência doméstica. De acordo com a PJC, quando Bruno França chegou ao local, a promotora pediu socorro através do portão da casa e, diante dos gritos, o delegado entrou na residência. Lá, o policial teria dado voz de prisão ao suposto agressor que não obedeceu e ainda teria continuado a ameaçar a promotora. De acordo com a versão da polícia, foram necessárias mais pessoas para conter o homem e levá-lo até a delegacia.

Rodrigo Pouso, que representa o homem, nega a versão da PJC. O advogado afirmou que além da representação na corregedoria da Polícia Civil, cuja investigação está em andamento, a defesa estuda a possibilidade de ingressar com ação indenizatória contra o delegado.

VELHOS CONHECIDOS

Rodrigo Pouso e Bruno França estiveram envolvidos em outra polêmica no fim de 2022 quando o delegado também “invadiu” a casa de uma família de forma truculenta. Na ocasião, além de estar armado, Bruno contava com a companhia de dois policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE). O delegado ameaçou “explodir” a cabeça da mulher que tentava abordar na casa. A cena de extrema violência ocorreu sob os gritos desesperados de uma criança de quatro anos. Depois, Rodrigo Pouso que fazia a defesa da família se encontrou com Bruno França na delegacia e foi ofendido pelo delegado.

Bruno chegou a ser afastado e enfrentou processo administrativo na PJC, mas voltou às atividades profissionais menos de um ano depois do caso.

Na época, o delegado justificou que interviu porque a dona da casa descumprir uma medida protetiva que pesava contra ela e em favor do enteado do delegado que teria sido supostamente perseguido pela mulher. No âmbito do Judiciário, o processo corre em segredo de justiça. (HNT)

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