‘Hotel Fantasma’ em Cuiabá vai virar prédio comercial

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Obras inacabadas não são prioridade do setor público. No setor particular, também existem obras que são começadas e que nunca são terminadas. Cravado em plena avenida do CPA existe um ícone dessas obras particulares inacabadas. Quem passa pela avenida movimentada já se acostumou a ver um espigão de concreto em formato redondo, com 45 metros de altura.

A obra do que seria o hotel mais moderno de Cuiabá, que começou a ser construído em 1985 e nunca foi concluída. A área chegou a ser utilizada como um galinheiro e a estrutura de concreto serviu este tempo todo como “hotel fantasma” para morcegos e pombos.

A Rede de Hotéis Amazon, que tem hotéis em Cuiabá e Várzea Grande, comprou o imóvel abandonado e vai concluir a obra. Não será um novo hotel do grupo, mas um prédio comercial. A Rede Amazon é um grupo forte que investiu recentemente, em Várzea Grande, R$ 80 milhões na construção do hotel Amazon Aeroporto, localizado em frente ao Aeroporto Marechal Rondon, entre as avenidas João Ponce de Arruda e Filinto Müller, naquele município.

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O hotel inacabado na avenida do CPA pertencia ao Grupo Haddad e Haddad. Lançado em 1985, o projeto arquitetônico era arrojado, um prédio em formato de um cilindro para abrigar um empreendimento do setor de hotelaria.

A obra do que seria o Haddad Park Hotel recebeu recursos públicos do Fundo de Investimentos da Amazônia (FINAM). Dizem as lendas que a obra não foi concluída a) por causa do projeto de arquitetura, ousado demais e mal acabado demais, ou b) que os recursos do FINAM não teriam sido aplicados corretamente.

A história deste projeto arquitetônico inacabado é parte da tese de doutorado do pesquisador Ricardo Silveira Castro, intitulada “Arquitetura Moderna em Mato Grosso – diálogos, contrastes e conflitos”. Já a aplicação dos recursos do FINAM, nestes 40 anos da obra inacabada, deve ter sido certamente objeto de investigação do MP, caso tenha havido alguma irregularidade. (PNB)