O homem com explosivos se aproximou da entrada do STF por volta das 19h30. Ao chegar perto da estátua da Justiça, ele ativou os explosivos. A explosão, ouvida inclusive de dentro do prédio, ocorreu após o fim da sessão do plenário. O prédio foi evacuado.
Os bombeiros confirmaram a morte da pessoa com explosivos em frente ao tribunal. Trata-se de Francisco Wanderley Luiz era dono de carro encontrado no Planalto após explosões. A vice-governadora do DF, Celina Leão, não citou o nome de Francisco, mas confirmou em coletiva nesta noite de que o homem morto é o dono do carro. “É o nome que está circulando na imprensa”, disse.
A segunda explosão aconteceu logo em seguida, às 19h45, a cerca de 500 metros da primeira, perto da Câmara dos Deputados. Em vídeos nas redes sociais, é possível ver um carro explodindo com fogos de artifício no estacionamento do anexo 4 da Casa.
A Polícia Federal informou que vai abrir um inquérito para apurar os ataques. “Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local’, disse a PF, em nota.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) reforçou a segurança dos palácios do Planalto, do Alvorada e do Jaburu, residência do vice-presidente, Geraldo Alckmin. O órgão informou que Lula estava bem distante dos locais onde aconteceram as duas explosões.
A Câmara estava em votação no momento da explosão no estacionamento. Na pauta, estava a PEC que amplia a imunidade tributária das igrejas. Com a notícia das explosões, deputados reclamaram da continuidade da sessão apesar da “banalização da violência e dos ataques de 8 de Janeiro”, referência aos atos ocorridos também na Praça dos Três Poderes, em 2023.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) suspendeu a sessão após a confirmação de uma morte às 21h14. O deputado manteve os trabalhos até essa hora dizendo estar “aguardando o chefe da segurança da Câmara dos Deputados. “Assim que ele me passar a recomendação, seguiremos a orientação dele”, disse, após pedido de deputados para encerrar a sessão.
Com o receio de mais explosões, autoridades isolaram a Praça dos Três Poderes. O esquadrão antibombas está realizando uma varredura na área.
A governadora em exercício do Distrito Federal disse que um esquadrão faz varredura no local. “A gente ainda está averiguando a situação. Vamos ter uma posição oficial depois da varredura”, disse Celina Leão (PP). Em Roma, na Itália, o governador Ibaneis Rocha negou problemas na segurança do DF e afirmou que “maluco tem em todo lugar”.
STF divulgou uma nota dizendo que “ministros foram retirados do prédio em segurança”. “Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, diz a nota.
Sessão do STF de hoje era sobre operações policiais nas favelas do Rio. A sessão contou com autoridades e representantes da sociedade civil. Por isso, o plenário estava mais cheio do que o normal — na hora das explosões, muitos ainda estavam no prédio. O tema ainda será julgado pelo STF. (UOL)
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