Jardel Alves Gonçalves, suspeito de ter submetido a própria esposa, Mhariana Lima Pereira, a uma rotina de tortura e violência, teve sua prisão preventiva decretada na tarde desta quarta-feira (13). A decisão foi proferida pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
A Jardel, é atribuído crimes bárbaros contra sua companheira, como um espancamento que durou da noite do último domingo até segunda-feira e também por espancar a esposa e lavado suas feridas com salmoura e pimenta para que ela sofresse mais dor. O motivo dessa última agressão teria sido porque a vítima desabafou com a mãe.
Na decisão, Mônica, que acolheu o pedido do Ministério Público para a regularização da prisão, afirma que Jardel representa um perigo a sociedade caso fique solto.
“No caso dos autos a prisão se faz necessária diante da elevada periculosidade social do agressor, evidenciada pelo modus operandi do delito, em que há indícios de que a vítima vem sendo cruelmente torturada física e psicologicamente pelo marido, o qual a teria surrado com o galho de uma árvore durante horas seguidas e, após lesioná-la em diversas partes do corpo, lavado as feridas com uma mistura de água, sal e pimenta, a fim de submetê-la a dor ainda mais intensa,” diz trecho da decisão.
No argumento da defesa, que pediu a liberdade provisória do suspeito, com medidas cautelares, usou-se como argumento uma suposta doença cardíaca do suspeito.
A Juíza declarou que a doença de Jardel não foi comprovada nos autos, mas o tratamento dele pode ser feito dentro da penitenciária, caso necessário e que a família encaminhe os remédios do suspeito à assistência social.
“Determino, ainda, o Diretor da Cadeia Pública providencie o necessário para que o custodiado seja avaliado por um médico, principalmente em razão da necessidade de receita para providenciar os medicamentos necessários, se assim não for possível por seus familiares”, determinou a juíza.
Fonte: Estadão de MT