Grupos farão movimento em favor da conclusão do VLT neste domingo

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Por uma iniciativa de empresários de Cuiabá e Várzea Grande, sob a liderança do comerciante Valdemar Ferreira Borges, de Várzea Grande, com apoio do Movimento Pró-VLT e Movimento Cidadania de Várzea Grande, um grupo fará um protesto em favor da conclusão das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) paralisadas há mais de seis anos. O movimento está agendado para este domingo (27), a partir das 15 horas, na ponte sobre o Rio Cuiabá. Devido à pandemia, o protesto terá um número limitado de pessoas que seguirão os protocolos de segurança.

De acordo com o coordenador do Movimento Pró-VLT, Vicente Vuolo, Várzea Grande é a cidade mais prejudicada com a paralisação das obras, já que 70% das obras ficaram prontas, mas deixaram um canteiro inacabado causando congestionamento no trânsito.

“Como resultado, mais de 200 empresas foram fechadas. Portanto, o VLT representa o renascimento do comércio local e incremento no turismo”, afirma Vuolo. Segundo ele, “os engenheiros que acompanharam o projeto, afirmam que em apenas oito meses, o trecho de Várzea Grande será concluído”.

Posicionamento do Governo

Mauro Mendes também justificou o atraso das obras do VLT afirmando que “a intenção era fazê-lo no primeiro ano, lamentavelmente não foi possível por conta das inúmeras variáveis pertinentes no processo”. Mauro Mendes já deixou claro sua insatisfação com o modal e com a herança corrupta deixada por governos anteriores.

Mauro Mendes explicou que a decisão pelo VLT foi incorreta desde o início e que a continuidade das obras seria uma forma de coroar um dos maiores escândalos de corrupção de Mato Grosso, liderados pelo ex-governador Silval Barbosa. Quando o assunto é VLT, o governador Mauro Mendes afirma, formalmente, o que tem repetido desde o início do mandato, que “não há nada resolvido sobre o assunto”.

A interlocutores, o ministro de Desenvolvimento Regional no governo Jair Bolsonaro admitiu que a possibilidade da substituição pelo BRT também está sendo discutida. A comissão criada para atuar em Brasília, que ficou encarregada de construir estudos de viabilidade, já apresentou resultados ao governador.

Em 12 de julho do ano passado, o Governo do Estado criou um Grupo de Trabalho (GT) com o propósito de encomendar estudo de viabilidade técnica junto à Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, por intermédio da portaria nº 1674, órgão vinculado ao Ministério de Desenvolvimento Regional. O empreendimento tem contrato de financiamento no Programa Pró-Transporte, e se encontra atualmente paralisado.

Alto custo

Mesmo ‘empacado’, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) continua a ter um gasto considerável aos cofres públicos. No total, da gestão de Pedro Taques (PSDB) até a atual, de Mauro Mendes, já foram desembolsados mais de R$ 600 milhões para o pagamento de empréstimos a bancos federais. A criação de um Grupo de Trabalho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para acompanhar os trâmites da equipe técnica do Executivo também foi estabelecida.

O VLT foi escolhido como modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande ainda no período anterior à participação de Cuiabá na Copa do Mundo de 2014. O investimento total a ser feito pelo governo do estado corresponderia a R$ 1,477 bilhão, por meio de um empréstimo contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).