Os trigêmeos Álvaro, Antonella e Angelina nasceram na manhã desta terça-feira (1), em Cuiabá, aos 6 meses de gestação. Os bebês são fruto de uma gravidez quíntupla, porém dois foram perdidos em maio deste ano.
Álvaro nasceu com 645 gramas, já as meninas Antonella e Angelina com 590 gramas. Os bebês continuam internados em incubadoras na UTI Neonatal.
Segundo a mãe, estão bem, mas ainda não há previsão de retorno para casa.
Os pais Rafaelly de Paula Morais, de 38 anos, e Rodrigo Santos Canário, de 33, são de Araputanga, município a 349 km de Cuiabá, mas foram orientados pelos médicos a realizarem os principais exames na capital.
Os pequenos nasceram por meio de uma cesárea em um hospital particular da capital e, de acordo com a mãe, vieram ao mundo com muita saúde e garra. Até então, a recomendação é que ela e os filhos permaneçam em repouso absoluto.
Rodrigo é dono de uma barbearia, e como a nova mamãe ficará em casa exclusivamente a disposição dos bebês, o casal está pedindo ajuda. Eles criaram uma vakinha online para arrecadar doações. O casal também documenta toda a sua história com os bebês em um perfil no Instagram.
Rafaelly engravidou de quíntuplos em Araputanga (MT) — Foto: Arquivo pessoal
Descoberta
Rafaelly descobriu a gravidez de quíntuplos enquanto fazia uma endoscopia. Há quatro anos ela fez uma cirurgia bariátrica e, por isso, precisava fazer exames regularmente.
Ela e o marido já estavam tentando ter filhos há um tempo. Após sentir um desconforto no estômago, ela logo alertou o médico, que solicitou o exame e assim, confirmou a presença de cinco bebês.
A notícia dos quíntuplos, que foi uma enorme surpresa, chegou depois do casal já ter perdido um bebê.
Laudo do especialista em medicina fetal mostra cinco bebês — Foto: Arquivo pessoal
Raridade
O especialista em medicina fetal e médico de Rafaelly, Morales Fernando Martins leite, disse que casos como esse são vistos no Brasil uma ou duas vezes no ano. Segundo o especialista, quanto maior o número de bebês, maior também o risco.
“Quanto mais o número de fetos, a raridade vai ser maior. Exige muito da família, da paciente e da equipe médica para poder lidar com aquele caso específico. Quando vem naturalmente, no caso da Rafaelly, é cuidar o máximo possível. Muitas vezes, acaba complicando, aumentando o risco de parto prematuro, hipertensão e diabete gestacional. Em casos que a gente já acompanhou também aumentam as complicações no parto, então tudo é mais complicado do que uma gravidez única”, disse.
Fonte: G1 MT