O governo do Estado apresentou a primeira proposta de retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao consórcio responsável pela implantação do modal.
Conforme o secretário de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), o governo propõe injetar mais R$ 713 milhões para a conclusão do VLT.
"Nós oficializamos uma proposta para retomada das obras do VLT ao consórcio na quarta-feira (7). De acordo com os nossos estudos, seriam necessários mais R$ 713 milhões para a conclusão, agora, no próximo dia 14, vamos reunir novamente com o consórcio para saber se eles aceitam ou se apresentarão uma contraproposta", revelou Wilson Santos ao Hipernoticias.
De acordo com o secretário, a reunião marcada para o início desta semana acontece em Curitiba-PR para analisar a proposta do governo. "A CR Almeida que é uma das cabeças do consórcio disse que se reuniria em Curitiba onde é a sua sede e na quarta iria trazer a resposta. Vamos aguardar, estou otimista", explicou.
A retomada das negociações com o consórcio ocorre desde o mês passado e tem o prazo de até dia 29 de dezembro para uma conclusão, conforme decisão da Justiça Federal.
"O nosso prazo de acordo com a Justiça é que tenhamos um acordo até o dia 29 de dezembro. Nós do governo queremos ter esse entendimento até o dia 22. Por isso, estamos semanalmente realizando essas rodadas de negociações".
As obras e o contrato do VLT estão suspensos pela Justiça Federal a pedido do Estado e dos Ministérios Públicos Estadual e Federal desde 2015.
Um dos pontos de divergência é quanto aos recursos necessários para a conclusão da obra. De acordo com estudo elaborado pela KPMG Consultoria, a pedido do governo, a conclusão do VLT deve custar mais R$ 713 milhões (atualizados) aos cofres públicos. Já o consórcio pedem R$ 1,299 bilhão.
O orçamento inicial para construção do VLT entre Cuiabá e Várzea Grande é de R$ 1,477 bilhão. Até agora, o Governo já desembolsou R$ 1,066 bilhão.
O Consórcio VLT é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda.