Governo já negocia ônibus para o BRT com chineses

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O governo de Mato Grosso articulou a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) com o apoio de uma fabricante chinesa de ônibus elétricos, a multinacional BYD. A BYD, cujo nome vem da expressão em inglês “build your dreams” (construa seus sonhos), foi quem deu a referência de preço dos ônibus elétricos que devem ser comprados pelo governo do Estado para substituir os vagões do VLT.

A informação está nos relatórios do grupo de trabalho criado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para discutir a mudança de modal. A BYD enviou à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) orçamento sobre o valor do chassi dos seus veículos movidos a energia elétrica. Conforme o documento, cada ônibus elétrico da multinacional com 21 metros de extensão custaria R$ 2,63 milhões. A vida útil da bateria, segundo a empresa, é de 8 anos.

Executivos da BYD visitaram Cuiabá no final de 2019, conforme noticiou o jornal A Gazeta. Naquela ocasião, os executivos queriam oferecer uma solução para o VLT e manifestaram interesse na obra. Em junho de 2019, quando foi feita a primeira reunião do governo Mauro Mendes (DEM), com representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana, a ideia já era trocar o VLT por um misto de ônibus elétricos e ônibus convencionais.

Sobre pneus

A BYD vendeu 12 ônibus elétricos para a prefeitura de São José dos Campos (SP) por R$ 35 milhões. O veículo é o mesmo utilizado pelo governo estadual em vídeos institucionais sobre a troca do modal – nestes casos, porém, o ônibus é chamado de Veículo Leve sobre Pneus (VLP) e não BRT. No município, a BYD realizou uma parceria com a empresa Marcopolo para complementar os chassis vendidos.

Um dos presidentes da BYD no Brasil foi o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM). O político foi responsável pelos negócios da multinacional chinesa em toda América do Sul. Paes afirmou em vídeo em sua rede social que foi indicado para presidir a empresa pelo ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Paes começou a trabalhar na empresa em 2018. O trabalho dele na BYD sofreu uma curta interrupção em 2018, quando participou das eleições pelo governo do Rio de Janeiro e perdeu a disputa.

Fonte: A Gazeta