Governo contrata estudo de R$ 500 mil e não descarta mudança do VLT para BRT

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A empresa de consultoria Oficina Engenheiros Associados sagrou-se vencedora de licitação realizada pelo Governo do Estado e será a responsável por confeccionar estudo de viabilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo, o Executivo pagará quase R$ 500 mil pelo serviço. No levantamento, a determinação também prevê análise da viabilidade da implantação do Bus Rapid Transit (BRT).

O resultado da licitação foi divulgado no Diário Oficial do Estado, que circula nesta terça-feira (26). A empresa receberá R$ 464,3 mil para elaborar e apresentar no prazo de 90 dias um relatório sobre a retomada do VLT e a viabilidade de construção do BRT, modal de corredores exclusivos para circulação de ônibus.

O objeto da contratação, segundo o edital, engloba também a atualização dos dados de demanda e da matriz origem e destino dos usuários do sistema de transporte coletivo, dimensionamento da oferta e modelagem da rede integrada de transporte da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

A proposta da empresa vencedora foi 35,6% menor que o valor de referência (R$ 721 mil). Agora, o prazo é de cinco dias para que o secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Padeiro, homologue o resultado.

Em 12 de julho deste ano, o Governo do Estado criou um Grupo de Trabalho (GT) com o propósito de encomendar estudo de viabilidade técnica junto à Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, por intermédio da portaria nº 1674, órgão vinculado ao Ministério de Desenvolvimento Regional. O empreendimento tem contrato de financiamento no Programa Pró-Transporte, e se encontra atualmente paralisado.

Mesmo ‘empacado’, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) continua a ter um gasto considerável aos cofres públicos. No total, da gestão de Pedro Taques (PSDB) até a atual de Mauro Mendes (DEM), já foram desembolsados mais de R$ 600 milhões para o pagamento de empréstimos aos bancos federais. Na última segunda-feira (11), ficou definida a criação de um Grupo de Trabalho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para acompanhar os trâmites da equipe técnica do Executivo.

O vice-presidente do Instituto de Engenharia de Mato Grosso, Jorge Rachid Jorge, lembrou que o VLT já consumiu mais de R$ 1,6 bilhão. Ele citou como exemplo que, no governo de Pedro Taques, foram pagos somente de empréstimos aos bancos federais mais de 500 milhões de reais e, que em dez meses no atual governo já foram desembolsados de R$ 120 milhões.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) autorizou a instalação de um grupo de trabalho para acompanhar, sugerir, fiscalizar e analisar os estudos do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que serão feitos pelo governo federal, via Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos. O requerimento havia sido feito pelo deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), ex-secretário de Cidades na gestão de Pedro Taques (PSDB).

VLT

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi escolhido como modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande ainda no período anterior à participação de Cuiabá na Copa do Mundo de 2014.

O investimento total a ser feito pelo governo do estado corresponderia a R$ 1,477 bilhão, por meio de um empréstimo contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Após cinco anos, as obras estão paralisadas e sem perspectiva de retorno. No dia 1º de novembro, o Diário Oficial da União (DOU) publicou a decisão administrativa do governo federal em prorrogar por 120 dias o estudo a respeito da viabilidade do VLT.

A prorrogação do prazo de conclusão do estudo veio do Ministério de Desenvolvimento Regional, por causa da complexidade do modal e do levantamento de informações.

Fonte: Olhar Direto