Governador descarta assumir crise hídrica de VG e diz que prefeitos precisam assumir suas responsabilidades; vídeo

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O governador Mauro Mendes - Crédito: Mayke Toscano/Secom

O governador Mauro Mendes (União) descartou a sugestão do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, de que o Governo de Mato Grosso deveria intervir na gestão do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE), diante dos problemas financeiros e da recorrente falta de água na Cidade Industrial. Mendes rebateu a proposta afirmando que “os prefeitos precisam assumir suas responsabilidades”.

Questionado pela imprensa na quarta-feira (26) sobre o posicionamento do conselheiro, o governador disse inicialmente desconhecer a fala, mas, em seguida, rechaçou a ideia ao afirmar que o Estado já possui suas próprias obrigações.

“Eu como governador não posso assumir todos os problemas das prefeituras. Têm os problemas do Estado para resolver. Se não, todos os prefeitos que não derem conta de resolver o problema, ele joga para o governador? Os prefeitos precisam assumir suas responsabilidades”, pontuou.

A fala é um “puxão de orelha” na prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), que tinha como uma das principais propostas de sua campanha eleitoral de 2024 a resolução do problema de falta d’ água no município.

O chefe do Executivo estadual relembrou as adequações que fez na prefeitura de Cuiabá, enquanto prefeito da cidade entre 2013 e 2016, para regularizar a distribuição de água na capital. Ao que sugeriu que a solução para o problema “do outro lado da ponte” seja uma concessão privada.

“Várzea Grande talvez seja o caminho tomar o mesmo caminho de Cuiabá. Por que não faz uma concessão? É uma boa pergunta. Hoje em Mato Grosso tem dezenas de municípios que fizeram concessão da água e esgoto. No final do dia o cidadão paga pela água e esgoto. Qual é o pior preço? Pagar pouco, pagar muito ou não ter água? É não ter água”, declarou.

Na segunda-feira, havia sido informado que Sérgio Ricardo encaminharia ao Ministério Público Estadual (MPE) um pedido para que o órgão acionasse a Justiça, com objetivo de determinar a intervenção estadual no DAE.

“Eu não conheço os fundamentos que o presidente Sérgio Ricardo utilizou, então eu não posso emitir opiniões. Eu não conheço o que está por trás disso, quais são os elementos que ele tem que eu não tenho”, completou Mendes.

Ao defender a medida, o conselheiro afirmou que a crise no abastecimento de água em Várzea Grande demanda resposta semelhante à intervenção realizada na saúde de Cuiabá.

O pedido do TCE-MT tem como base o Art. 1º, inciso XVIII, do Regimento Interno da instituição, que atribui ao Tribunal competência para representar ao poder competente quando entender necessária a intervenção estadual. (Leiagora)

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