Governador admite falha no sistema da PCE e lamenta execução de irmãs

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O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que houve falha no sistema da Penitenciária Central do Estado (PCE) ao ser questionado sobre a presença de celulares dentro do presídio, que possibilitaram a videochamada com o mandante do sequestro, tortura e morte das irmãs Rayane e Rithiele Alves, em Porto Esperidião (a 322 km de Cuiabá). A declaração aconteceu na tarde desta quarta-feira (18).

Mauro Mendes  disse ainda que as investigações estão em andamento para identificar a falha. Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública  (Sesp) informou que está dando o suporte necessário à Polícia Civil para esclarecer o caso e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos nos homicídios.

O governador também declarou que considera um absurdo que as vítimas tenham morrido devido a uma “brincadeira” em tirar fotos fazendo sinais com as mãos. Neste sentido, afirmou que as “leis frouxas” estão permitindo que bandidos amedrontem a sociedade.

“É um absurdo. As nossas leis frouxas estão permitindo isso. O bandido está amedrontando a sociedade (…) As pessoas fazem um sinal de brincadeira, de repente um bandido manda matar”,  pontuou o governador.

Além disso, Mauro Mendes  destacou que cabe ao Poder Legislativo criar leis e ao Judiciário cumpri-las. “Tem que ter uma revisão no Código Penal de 1940. Algumas emendas e remendos foram feitos. Mas estão muito distantes de serem um instrumento adequado para combater a atual realidade do crime no país”, concluiu.

O crime

Conforme o boletim de ocorrência, as irmãs estavam com outros dois jovens, saindo do festival da pesca, na madrugada do último sábado (14), quando foram abordados e sequestrados por um grupo de nove pessoas, sendo sete homens e duas mulheres. Logo depois as vítimas foram levadas para uma casa na Rua Marechal Cândido, no Bairro Centro.

Um dos reféns conseguiu escapar do cativeiro pulando os muros de várias casas e foi até a delegacia pedir ajuda. Aos policiais, a vítima contou que os sequestradores o torturaram psicologicamente e alegaram ser de uma facção criminosa. A motivação do crime foi uma foto que o grupo teria tirado no rio Jauru, fazendo o gesto de número três, que seria o símbolo de uma facção rival. O jovem também relatou que os suspeitos pediam dinheiro a todo momento e,  caso não recebessem, matariam todos.

No local do crime, os policiais localizaram outro rapaz, que teve o dedo mindinho e a orelha esquerda cortados, além disso, ele estava com golpes de arma branca na nuca. Já nos outros cômodos, os policiais encontraram dedos e mechas de cabelo que foram cortados das irmãs.

Fonte: RD News