Uma secretaria especial do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve ser criada pelo Governo do Estado para dar celeridade às obras do novo modal. A informação foi repassada na última quinta-feira (01), pelo diretor de implantação do VLT no Rio de Janeiro, José Picolli Neto, que foi chamado pelo novo secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSBD), para trabalhar com sua equipe na retomada do projeto cuiabano.
Questionado sobre qual seria o seu papel dentro da Secretaria de Cidades, Picolli afirmou que ainda não foi definido, mas que “uma secretaria especial do VLT deverá ser criada por aqui para focarmos neste projeto”. Ele ainda acrescenta que o objeto é agilizar o processo de construção para que seja feito em menos tempo. Agora, com o VLT do Rio de Janeiro, teremos mais experiência, não cometeremos os mesmo erros e o planejamento será ainda melhor.
Picolli ainda acrescentou que até os projetos do VLT carioca podem ser aproveitados: “Poderemos ainda usar projetos utilizados por lá para contribuir ou modificar o de Cuiabá, para sanar algum tipo de problema”.
Sobre a demora na construção do modal em Cuiabá, ele avaliou que: “É complicado responder se faltou planejamento sem ter conhecido as condições executadas na época. Existia um prazo, que seria a Copa do Mundo, então a pressão era grande. Por esta extensão de 22 quilômetros de linha dupla, totalizando assim 44 quilômetros, o prazo precisa ser mais razoável. O de Londres (ING) é de 36 meses”
“Se o VLT fosse feito (os 22 quilômetros) em um local limpo, que não tivesse nada, como uma ferrovia, seria concluído em seis meses. Porém, ele é uma obra complexa, porque tem de fazer integração entre as cidades que está passando”, concluiu o engenheiro civil, que mora há nove anos em Cuiabá e atuou ativamente na implantação do modal na capital carioca.