Presidente do diretório do Pros, em Cuiabá, Gisela Simona deve disputar o cargo de deputada federal em 2022. Claro, isso dependerá da capacidade da sigla em montar uma chapa até lá, tendo em vista que agora a legislação eleitoral só permite chapas puras nas eleições proporcionais.
“Agora com essa nova versão de chapa pura que os partidos têm que fazer, nós estamos, sim, pensando em ter nomes para deputado estadual e para federal, mas sabemos que para isso temos o desafio de fazer uma boa chapa. A nossa meta agora no Pros é buscar novos filiados para o partido, lideranças de todo o Estado que tenham interesse em se candidatar. Conseguindo fazer essa boa chapa, nós teremos nomes para estadual e federal”, comenta em entrevista por telefone ao O Bom da Notícia.
Gisela, que atuava como superintendente do Procon-MT antes da eleição, voltou para a autarquia, mas no cargo para o qual é concursada, de conciliadora de defesa do consumidor.
Ela ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de Cuiabá, com 19.42% dos votos, o equivalente a 52.191 eleitores. Quanto ao resultado, ela vê como positivo devido à quantidade de votos recebidos.
No segundo turno, ela declarou apoio ao candidato Abílio Júnior (Podemos) e foi bastante criticada por isso em razão dos embates que tiveram relacionados à igualdade de gênero. “Tínhamos que fazer uma opção. Na minha opinião na política não existe neutralidade, a gente tem que ter posição e a posição que nós entendíamos melhor para Cuiabá naquele momento era a pessoa do Abílio”, conta.
Ela avalia que não houve perda política ao declarar apoio ao vereador, apenas eleitoral. “Foi uma diferença muito pequena, no resultado da eleição, de um pouco mais de seis mil votos. Seja pelos erros do próprio Abílio, pelo seu comportamento ireverente demais, seja por conta de toda a estrutura financeira que a gente viu injetada na campanha [de Emanuel], principalmente na última semana. Então isso fez a diferença para esse ganho, eleitoral, que eu vejo parte do Emanuel, mas que não é um ganho político a meu ver”, pontua.
Por conta da pequena diferença de votos no segundo turno, exatos 6.094, Gisela aconselha Emanuel a entender o recado das urnas e reveja sua atuação. “O que nós precisamos fazer é torcer para dar certo. Por mais que gente não tenha apoiado Emanuel Pinheiro, ele foi reeleito prefeito da cidade e agora nós temos que torcer para a gestão dar certo, sim, porque somos todos cuiabanos, dependemos da cidade para viver e tem pessoas que dependem, exclusivamente, do poder público para ter bem estar social”.
Mesmo não ocupando nenhum cargo eletivo, Gisela promete se envolver mais na política, atuando como vigilante da gestão, e pede que a população também participe mais, não deixando apenas para o período de eleição. “A minha posição daqui para frente será de uma cidadã mais atenta, mais vigilante e talvez provocando mais para algumas decisões que podem ser tomadas. Porque quando a gente estudou Cuiabá, encontramos possibilidade de soluções. Então acredito que, se tem proposta de solução, a gente tem que falar”.
Fonte: O Bom da Notícia
