Gisela marca presença na COP30 e reforça protagonismo feminino na agenda do clima

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A deputada federal Gisela Simona (União Brasil-MT) – líder da bancada feminina do União Brasil e vice-líder do maior bloco parlamentar da Câmara dos Deputados -, desembarca em Belém (PA) para integrar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A parlamentar assume participação em painéis dedicados à convergência entre gênero, clima e poder — campo no qual realiza defesa aguerrida.

Para Gisela, mais do que presença simbólica, a participação parlamentar neste fórum internacional revela-se estratégica.

“Temos que debater com a seriedade que o tema impõe. No Brasil, episódios recentes — como as enchentes no Rio Grande do Sul ou o tornado no Paraná — escancaram a urgência da crise. A ausência de um equilíbrio entre desenvolvimento e preservação já resulta em impactos concretos em nossa sociedade”.

Ainda dentro deste diagnóstico, a deputada federal acredita que cabe ao Parlamento ocupar lugar de protagonismo, desta forma aprovar legislações, fiscalizar o executivo e forçar uma articulação global, “não apenas para o Brasil, mas para as grandes potências, na busca por resultados que transcendam discursos”.

Deputada federal Gisela Simona – Divulgação

Com delegações de quase 200 países reunidas em Belém — no coração da Amazônia —, a COP30 representa uma edição histórica. Pela primeira vez o Brasil sedia essa conferência, colocando o foco diretamente em territórios cuja preservação respira no pulsar do planeta. Em meio a 145 temas em discussão, entre adaptação climática, emissões e justiça socioambiental, Gisela reforça o papel das mulheres. “A crise climática atinge com maior força as populações vulneráveis — as mulheres estão entre elas. Por isso nossa bancada feminina está confrontando governantes do mundo inteiro, desde o dia 10 de novembro, para construir políticas que promovam soluções sustentáveis com equidade”, afirma.

Ela destaca ainda que o protagonismo feminino não é retórica: “As mulheres cuidam de territórios, conhecem os biomas, vivenciam os impactos. Se não ocuparmos os espaços de decisão, teremos políticas que ignoram nossas vozes”.

Em Belém, a bancada feminina reúne deputadas federais, estaduais e vereadoras, junto a mulheres indígenas, quilombolas e ribeirinhas – todas chamadas para dar tom real à agenda climática do país. Além de representantes de entidades que estudam as realidades dos inúmeros biomas brasileiros, incluindo-os no debate global.

No evento, foi apresentada a “Carta das Mulheres”, documento colaborativo que reúne sete eixos de ação para que gênero e justiça climática se tornem parte integrante das políticas públicas – e não coadjuvantes. E, à exemplo de outras parlamentares, a deputada mato-grossense se posiciona para que esse documento deixe de ser manifesto e se transforme em agenda concreta — municipal, estadual e federal.

A escolha de Belém como palco da COP30, ainda segundo Gisela, não é apenas geográfica. “Estamos na Amazônia — maior floresta tropical do mundo e reguladora do clima global. A conferência aqui ressalta a importância da região e impõe que definamos medidas urgentes para limitar o aquecimento a 1,5ºC até o fim do século. E, claro, o Brasil, diante dessa oportunidade histórica, precisa ser o ator central nesta articulação internacional”.