Gisela assegura que na Câmara vai honrar os mais de 50 mil votos que recebeu nas urnas em 2018

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A candidata Gisela Simona (União Brasil) que deverá assumir cadeira na Câmara Federal no lugar do deputado e candidato ao Senado, Neri Geller(PP), que teve o mandato cassado, afirmou em entrevista à Rádio Metrópole FM, nesta última quarta-feira (24), que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral será uma oportunidade de honrar os votos que recebeu em 2018, quando foi eleita com mais de 50 mil votos e, mesmo assim, não pde exercer seu mandato.

“Veio um filme na minha cabeça, lembrando de toda a trajetória, tudo que nós sofremos nos últimos três anos e meio, pensando que nós poderíamos estar fazendo entregas positivas para a população e que fomos proibidos de fazê-la, por causa desse abuso do poder econômico e agora com essa oportunidade de poder honrar os votos dos mato-grossenses”, contou.

Servidora pública, advogada e ex-superintendente do Procon-MT, Gisela foi a mulher que obteve o maior número de votos em Cuiabá para deputada federal na história de Mato Grosso. Ao todo foram 50.682 votos e por pouco não foi eleita, ficando como 1ª suplente de Geller pelo Pros, seu partido à época. Dos 141 municípios do estado, ela recebeu votos em 111.

Só para entender, mesmo com a soma gigantesca de votos, Gisela Simona – que ficou como suplente de quatro deputados eleitos -, não exerceu um só dia o mandato de deputada federal, pois nenhum deles lhe deu a oportunidade de assumir temporariamente como titular.

“Foi um momento de justiça mesmo! A minha vida toda eu sempre lutei por direitos, acredito muito na justiça sim, apesar de tudo que a gente vê de coisas certas e erradas que acontecem. Nós que não temos padrinhos políticos para poderem brigar por nós nas situações, a gente acredita sim naquilo que o Estado como um todo nos oferece”, pontua Gisela.

A cassação do mandato de Geller foi uma decisão do Tribunal Eleitoral, em atendimento a recurso do Ministério Público (MPE) que o acusava de abuso do poder econômico nas eleições de 2018 por meio de um esquema de ‘triangulação monetária’, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso.

Ele teria extrapolado o valor permitido para doação, que é 10% de seus rendimentos brutos, tendo doado um montante de R$ 1,3 milhão que ajudaram a eleger os deputados Faissal Calil (Cidadania), Nininho (PSD), Wilson Santos (PSD) e Elizeu Nascimento (PL).

Fonte: O Bom da Notícia