O secretário Gilberto Figueiredo (DEM) afirmou que a preocupação do Estado em relação à ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender pessoas infectadas com Covid-19 é contínua, e pediu que a Prefeitura de Cuiabá reabra vagas no antigo Pronto Socorro Municipal. Segundo o gestor, Cuiabá já teve 70 leitos, e hoje tem apenas 30: “Não sei qual vai ser nosso limite. A preocupação é contínua, é difícil para dormir, porque todos os dias a gente abre leito e a taxa de ocupação sempre está ficando num nível muito alto”, lamentou.
Nesta segunda-feira (7), a taxa de ocupação em leitos públicos no Estado está em 81,12%, mesmo com a recente abertura de 30 novas vagas na última semana. Segundo Gilberto, o número de novos casos oficiais cresce a cada dia, e a população precisa ficar alerta. “Nós estamos abrindo mais leitos de UTI praticamente toda semana, não será diferente daqui para frente, e quando houver necessidade de ampliação nós vamos fazer ampliação. Mas o apelo principal é para a população buscar a vacinação especialmente neste momento”, pediu o secretário.
“Os que não se vacinaram, mas também aqueles que não buscaram a dose de reforço, que é a população mais idosa, aquela primeira que foi vacinada no início da campanha vacinal e que ao longo do tempo foi perdendo eficiência de imunidade, já era previsto isso, e é por isso que surgiu a dose de reforço, para essa faixa etária e também a quarta dose, que seria aquela para os imunossuprimidos”, explicou.
Em relação à Prefeitura, Gilberto também fez apelo: “Pedimos à Prefeitura de Cuiabá que amplie, porque o número de leitos na capital hoje, que já teve mais de 70, é de 30 leitos apenas no Pronto Socorro Municipal”, afirmou. O secretário lembrou que para abrir um leito de UTI é necessário, além das instalações, equipamento e pessoal, e que é por isso que o Estado realizou recentemente mais um processo seletivo.
Apesar dos esforços, Figueiredo lembra que os recursos são finitos. “Profissionais da saúde [estão] colapsados, muito mais profissionais sendo infectados agora com essa variante, e isso pode ser um problema grave. O país já não tem abundância de médicos intensivistas, que é obrigatoriamente a especialidade nas unidades de terapia intensiva. Quanto mais profissionais infectados, mais dificuldades para fazer o atendimento da população”, lamentou.
Fonte: Olhar Direto