General cuiabano estava no grupo que tentava impedir Bolsonaro de assinar alguma ‘doideira’, diz depoimento de Mauro Cid

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Trecho do depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, no processo de delação premiada sobre uma suposta trama golpista após a vitória de Lula (PT), aponta que o general cuiabano Júlio Cesar de Arruda fazia parte do grupo de pessoas próximas ao ex-presidente consideradas “moderadas”. Apesar de não concordarem com o resultado das eleições, esses membros aconselhavam Bolsonaro a não tomar medidas radicais sobre o tema.

Ele ressaltou à Polícia Federal que Arruda, junto com outros integrantes do Exército, alertava que qualquer atitude nesse sentido poderia configurar como ‘tentativa de golpe armado’.

Ainda segundo Cid, havia ao redor do ex-presidente indivíduos com ideologias conservadoras que, de alguma forma, incentivaram a ideia de um golpe de Estado. Esse grupo acreditava que, caso Bolsonaro assinasse um decreto nesse sentido, ele teria o apoio popular e de grupos como os CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores).

Júlio César foi nomeado por Lula como comandante do Exército, mas ficou no cargo por menos de um mês. (Olhar Direto)