Garoto muda versão, isenta empresário e confessa morte de assessor

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O adolescente G.S.L, 16 anos, confessou em depoimento que matou o assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos e mentiu à Polícia Civil quando culpou o empresário Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, de 29 anos e Weverton César Brito, de 19 anos, como supostos mandantes do crime. Ele teria inventado pelo menos três versões ao prestar depoimento e ser confrontado com as demais provas do inquérito policial.

Barbieri atuava como assessor do deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), na Assembleia Legislativa e foi morto no dia 28 de janeiro deste ano, na região da Rodovia Transpantaneira, em Poconé (104 km de Cuiabá).

A informação consta da decisão proferida pela juíza Katia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé, que determinou a soltura do empresário Ezequiel Pafilha de Souza Ferreira e de Weverton César Brito, anteriormente acusados pela morte do servidor.

Conforme a análise dos depoimentos prestados por G.S.L. e G.C.B. a magistrada chegou a destacar “que desde o início das investigações os menores conduzem suas versões conforme a conveniência e os desdobramentos fáticos, inventando uma nova versão a cada confronto com fatos inquestionáveis”.

Em face dos depoimentos que ligavam Ezequiel Padilha e Weverton César Brito ao crime apenas conforme relatado pelos adolescentes, mas sem a apresentação de provas concretas das participações e inúmeras contradições, a juíza optou por revogar a prisão deles.

“Ocorre que, com a juntada de através de diligência realização pela Policial Civil, restou demonstrado até o presente momento que os investigados possam não ter participado do crime, visto que, as declarações dos menores G.S.L. e G.C.B., alteram toda a trama inicialmente pregada, tal como em diligência da autoridade policial para confrontar e confirmaram a participação dos investigados resultaram infrutífera, alteando assim, os indícios de autoria anteriormente demonstrados”.

O assessor parlamentar foi morto a tiros no dia 28 de janeiro, e seu corpo foi encontrado na região Transpantaneira, em Poconé. Ele foi atingido por pelo menos seis tiros na região da cabeça e toráx. Um adolescente foi apreendido ainda na noite do crime, e, inicialmente, acusou o empresário e Weverton de serem os responsáveis pelo assassinato, alegando que sua participação na ação criminosa se limitou a armar a emboscada para o plano ser concretizado.

O crime inicialmente era investigado como latrocínio, mas com o avançar dos trabalhos, passou a ser levantada a hipótese de crime passional, que foi confirmada pela mãe do adolescente. A mulher contou que o filho e o assessor parlamentar mantinham sim um relacionamento amoroso. Em depoimento a mulher disse que G.S.L. e Sérgio estavam juntos há pelo menos 2 anos e que o assessor presenteou o rapaz com uma moto Honda CG 160 Start modelo 2023/2024.

Fonte: Folhamax