Garoto de 15 anos fazia vítimas beberem água da privada e se cortarem

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Foto: Reprodução/PJC
O adolescente de 15 anos, alvo da ‘Operação Mão de Ferro 2’, deflagrada na manhã desta terça-feira (27), fazia as vítimas a beberem água da privada e se cortarem depois de ganhar sua confiança e receber ‘nudes’ enviados por elas. O menor foi apontado pela Polícia Civil como líder de um grupo que estimulava suicídio e automutilação nas redes sociais.

A informação foi divulgada pelo delegado responsável pelo caso, Gustavo Godoy, durante entrevista coletiva. Segundo a autoridade policial, as investigações apontaram que o menor armazenava conteúdo de pedofilia, incluindo imagens de nudez, material pornográfico e outros tipos de conteúdo ilícito.

“Vídeos das vítimas pegando água de dentro do vaso sanitário e bebendo, com papel escrito o nome de todos eles, amassando o papel e comendo”, descreveu o delegado, destacando a gravidade das ações.

Todas essas situações ocorreram após o criminoso conseguir conquistar a confiança das vítimas e obter imagens de nudez delas. A partir desse momento, as adolescentes eram submetidas a atos cada vez mais extremos, sob o medo da divulgação do material.

Gustavo Godoy explicou que o menor extorquia as vítimas e ameaçava divulgar as imagens na escola e para os pais.

“Ele ganhava a confiança das vítimas, as adolescentes. Conseguiu obter esse tipo de imagem, conseguiu receber os chamados nudes e, com base nisso, eles começavam a extorquir essas adolescentes”, afirmou.

O delegado exemplificou as ameaças feitas pelo jovem: “olha, se você não fizer o que eu te mandando, eu vou pegar essas fotos e vou divulgar para a sua escola, eu vou divulgar para sua mãe, para o seu pai”. Segundo ele, as vítimas se sentiam acuadas e eram obrigadas a realizar atos como se automutilar e beber água da privada, sob coerção.

“Com base nisso as meninas se sentiam acuadas e eram obrigadas a fazer esse tipo de conteúdo, de se cortar, de tomar água da privada”, completou.

Doxxing

Gustavo Godoy também detalhou como o adolescente e outros integrantes do grupo criminoso utilizavam o que chamam de ‘doxxing’ para intimidar as vítimas. Essa prática consiste em obter e divulgar dados pessoais de familiares, professores e amigos próximos, com o objetivo de perseguir e aterrorizar as vítimas.

“Eles conseguiam esses dados através de vazamentos de informações de segurança pública, de secretarias de saúde e educação. Pegavam usuários e senhas vazados na internet e, com base nisso, localizavam quem era o pai, quem era a mãe, fotos do pai, endereço, telefone e faziam esse tipo de ameaça”, finalizou o delegado.

Vídeo abaixo:

Fonte: Leiagora