A informação foi divulgada pelo delegado responsável pelo caso, Gustavo Godoy, durante entrevista coletiva. Segundo a autoridade policial, as investigações apontaram que o menor armazenava conteúdo de pedofilia, incluindo imagens de nudez, material pornográfico e outros tipos de conteúdo ilícito.
“Vídeos das vítimas pegando água de dentro do vaso sanitário e bebendo, com papel escrito o nome de todos eles, amassando o papel e comendo”, descreveu o delegado, destacando a gravidade das ações.
Todas essas situações ocorreram após o criminoso conseguir conquistar a confiança das vítimas e obter imagens de nudez delas. A partir desse momento, as adolescentes eram submetidas a atos cada vez mais extremos, sob o medo da divulgação do material.
Gustavo Godoy explicou que o menor extorquia as vítimas e ameaçava divulgar as imagens na escola e para os pais.
“Ele ganhava a confiança das vítimas, as adolescentes. Conseguiu obter esse tipo de imagem, conseguiu receber os chamados nudes e, com base nisso, eles começavam a extorquir essas adolescentes”, afirmou.
O delegado exemplificou as ameaças feitas pelo jovem: “olha, se você não fizer o que eu te mandando, eu vou pegar essas fotos e vou divulgar para a sua escola, eu vou divulgar para sua mãe, para o seu pai”. Segundo ele, as vítimas se sentiam acuadas e eram obrigadas a realizar atos como se automutilar e beber água da privada, sob coerção.
“Com base nisso as meninas se sentiam acuadas e eram obrigadas a fazer esse tipo de conteúdo, de se cortar, de tomar água da privada”, completou.
Doxxing
Gustavo Godoy também detalhou como o adolescente e outros integrantes do grupo criminoso utilizavam o que chamam de ‘doxxing’ para intimidar as vítimas. Essa prática consiste em obter e divulgar dados pessoais de familiares, professores e amigos próximos, com o objetivo de perseguir e aterrorizar as vítimas.
Vídeo abaixo: