Galli aponta guerra de Israel por liberdade, fala de Deus e convoca protesto em nome da Pátria

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O ex-deputado federal pesselista, Victório Galli, apoiador de carteirinha do presidente Jair Bolsonaro(sem partido), convocou nesta segunda-feira(06), por meio de suas redes sociais, a população, ideologicamente mais à direita, para manifestação marcada este 7 de setembro, Dia da Independência, que deverá ocorrer em várias cidades brasileiras.

Sob a análise de vários articulistas políticos do país, a manifestação será uma forma de dar um ultimato aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que têm se posicionado contra alguns supostos ‘excessos do presidente’.

Mesmo sendo ex-pastor evangélico, Galli tentou se pautar – em seu chamamento para o protesto -, pelos dogmas que estruturam, comumente, as religiões, ao apontar que o homem teria duas cidadanias, a terrestre e a celestial. Ao chamar seus convidados ao protesto de ‘meus irmãozinhos e amigos’.

Usando ainda do chargão inserido nos últimos tempos pelo presidente Jair Bolsonaro, que passou a integrar ao seu discurso, que ‘pauta seu governo dentro das quatro linhas da Constituição Federal’,

De acordo com Galli, os cristãos devem – sob o olhar da cidadania terrestre -, serem guiados e dirigidos pelas quatro linhas da constituição federal do país. “E na cidadania celestial, quem nos garante nossos direitos e quem nos redige, são as quatro linhas da Bíblia Sagrada e tudo tem de estar em harmonia, nesses dois assuntos. Assim, nós somos cristãos, temos de abraçar as causas e ir à luta e garantir nossos direitos. Inclusive as quatro linhas da Bíblia Sagrada, nos dá o direito e dever de orar pelas autoridades constituídas nos países”, ainda diz.

E sob o pretexto da ‘validação divina’, Galli chama os bolsonaristas a darem seu grito de liberdade como já teria feito, no passado, o povo de Israel, que ‘guerrilhou para garantir seus direitos territoriais’, em uma clara incitação que seja feito o que for necessário, ao que chamou de ‘luta pela liberdade’.

“Então no dia 7 de setembro vamos às ruas brigar pelos nossos direitos, assim como Israel lutava, brigava e guerrilhava, no passado para garantir seus direitos territoriais, nós também vamos lutar pelos nossos direitos constitucionais, no direito de Deus, pátria e família. Lutar pela educação dos nossos filhos com qualidade e ter nossos direitos preservados, nós temos de fazer isso”.

Político controverso

Victório Galli é ex-deputado. E já foi processado e condenado a pagar R$ 100 mil por declarações homofóbicas. Em 2019 chegou a pedir à Justiça direito de defesa gratuita, sob a alegação que não teria condições financeiras para arcar com as despesas. A decisão que condenou Galli foi proferida em março de 2019.

Polêmico, Galli foi autor de um projeto que extinguia o título de Padroeira do Brasil dado a Nossa Senhora Aparecida. A proposta foi apresentada em 2007, pedindo a alteração do projeto que instituiu Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil. O texto proposto por Galli Filho tirava da santa a condição de padroeira do país e a colocava como ‘padroeira dos brasileiros católicos apostólicos romanos”

Eleito deputado federal em 2014, não conseguiu a reeleição em 2018, obtendo 52,9 mil votos. Antes de 2014, porém, ele chegou a assumir o mandato de deputado federal por duas vezes, na condição de suplente. Após perder a aleição chegou a atuar como assessor especial da Presidência da República.

Em maio deste ano, seu filho ficou internado 25 dias com Covid-19 e precisou ser intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Cuiabá. Após participar do ato pró-Bolsonaro em Brasília, no dia 15 de maio.

Elias e Galli chegaram a divulgar fotos e vídeos da manifestação que participaram em Brasília. Com aglomeração denunciada, na época, por vários veíuculos de comunicação do país. O protesto foi organizado pela Marcha da Família Cristã Pela Liberdade e por ruralistas.

Fonte: O Bom da Notícia