Fiocruz aponta que MT está fora da zona de alerta na taxa de ocupação em UTIs

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Novos dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram Mato Grosso fora da zona de alerta na taxa de ocupação nas unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas para pacientes adultos com quadro grave da Covid-19. Em seu mais recente boletim, o Observatório da Fiocruz ratifica o atual cenário como otimista se comparado à fase de colapso do sistema de saúde vivida entre março e abril deste ano.

Em nível nacional, o levantamento aponta para estagnação na taxa de ocupação dos leitos intensivos no Sistema Único de Saúde (SUS) em patamares baixos na maioria dos estados brasileiros. Com o percentual de 35% de lotação nas UTIs, Mato Grosso e outras 24 unidades da Federação, com índices inferiores a 50%, estão fora de alerta em relação a esse indicador. Os números são datados do dia 4 de outubro.

Dados como estes, conforme os pesquisadores, é a melhor evidência do sucesso da vacinação na prevenção de formas graves e fatais da doença. “No entanto, apesar das boas notícias, é essencial manter as medidas preventivas para bloquear a circulação do vírus. E o país ainda não está conseguindo bons patamares neste sentido”, destacaram.

A Fiocruz alerta ainda que, desde meados de julho, o Índice de Permanência Domiciliar (IPD) se encontra próximo de zero, o que significa que não há diferença na intensidade de circulação de pessoas nas ruas em comparação ao que era observado antes da pandemia.

“Ainda que muitas dessas pessoas que estão circulando já tenham sido vacinadas, os imunizantes não previnem completamente a infecção ou mesmo a transmissão do vírus. A recomendação é de que, enquanto o país caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos – assim como a adoção do passaporte vacinal – sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação”.

Entre os estados que estão fora da zona de alerta estão Rondônia (34%), Acre (4%), Amazonas (27%), Roraima (45%), Pará (23%), Amapá (12%) e Tocantins (33%). Entre as capitais, Cuiabá (33%) e outras 21 também apresentam cenário semelhante. Já Brasília (83%) está na zona de alerta crítico e quatro estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (65%), Vitória (73%), Rio de Janeiro (65%) e Porto Alegre (63%).

Até a tarde de quinta-feira (7), o Estado registrava 539.956 casos confirmados e 13.839 óbitos em decorrência do coronavírus. Do total de infectados, 2.586 estavam em isolamento domiciliar e 522.848 recuperados. A taxa de ocupação em UTIs estava em 33,88% e em 10% para enfermarias, ambos casos para adulto.

Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (111.957), Várzea Grande (38.854), Rondonópolis (37.971), Sinop (26.026), Sorriso (18.311), Tangará da Serra (17.755), Lucas do Rio Verde (15.650), Primavera do Leste (14.727), Cáceres (11.865) e Barra do Garças (10.571).

Fonte: Diário de Cuiabá