Fiocruz alerta que diminuição de casos não é motivo para se descuidar no Carnaval

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Apesar do cenário atual apontar uma tendência de diminuição dos casos de covid-19 em todo o país, o novo boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (24), reforça a importância de se manter as medidas de biossegurança e as políticas públicas para evitar que os casos de covid-19 voltem a subir em decorrência das festas de Carnaval.

“Embora o cenário geral seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda dos principais indicadores como pelo avanço na cobertura vacinal, além da chegada de medicamentos para o tratamento da covid-19, é importante sublinhar que a pandemia ainda não acabou. Assim, torna-se fundamental a combinação de políticas, estratégias e ações para a proteção da saúde da população, principalmente para os grupos que estão mais expostos e vulneráveis […]Certamente que este Carnaval não vai ser igual àquele que passou, mas a pandemia ainda não acabou e cuidados e proteção continuam necessários”, alerta o documento.

O documento ainda reforça a necessidade da adoção do “passaporte de vacina” nos locais de trabalho, para trabalhadores de empresas privadas e públicas, e motoristas de transporte de pessoas, como ônibus, taxis e aplicativos, devem ser avaliadas.

Em Mato Grosso, o número de óbitos e de novos casos de covid-19 tem caído de forma considerável. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), somente nesta semana, de segunda para terça-feira (21 e 22 de fevereiro), o número de óbitos foi de 25 em menos de 24 horas, com 3.009 novos casos no mesmo período. Já no boletim de quinta-feira, o número de mortes em decorrência da doença caiu para seis e o de novos casos foi de 2.385 em 24 horas.

O boletim ainda recomenda que, enquanto o país caminha para níveis ótimos de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas, mesmo em ambientes abertos onde possa ocorrer maior concentração e aglomeração de pessoas – o que, embora não seja desejável, poderá ocorrer durante o Carnaval. E que festas privadas ou bailes em casas de festas, clubes ou outros ambientes só sejam realizadas com exigência do comprovante de vacinação.

Ainda segundo a Fiocruz, dentre os mais expostos ao vírus, destacam-se todos aqueles adultos que não completaram o esquema vacinal, como também, e principalmente, as crianças e adolescentes.

O relatório aponta que é preciso “combinar políticas de combate às fake news com busca ativa dos não vacinados pela Atenção Primária à Saúde e outras estratégias de ampliação de horário das unidades de Saúde, com campanhas de vacinação nas escolas, atingindo crianças, pais e professores”.

Fonte: HNT