Treze criminosos suspeitos de participação na tentativa do mega-assalto à transportadora de valores em Confresa, no dia 9 de abril, ainda estão sendo procurados pelas Forças de
Segurança. O roubo foi planejado há pelo menos dois anos e contou com a participação de 33 criminosos, dos quais 18 morreram em confronto com policiais militares em uma região de mata em Tocantins, e outros dois foram presos durante as ações da operação Cangaçu.
O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 3,4 milhões. Este é o valor que os bandidos gastaram para praticar o crime. Nesta segunda-feira (9), durante a apresentação do balanço da operação Pentágono, o delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Delta Belão, revelou que três criminosos – dois do estado do
Maranhão e um do Pará – são apontados como os principais financiadores, mas seus nomes ainda não foram divulgados.
Questionado sobre o valor que o grupo criminoso pretendia levar ao invadir Confresa, Gustavo Delta Belão respondeu, sem citar detalhes, que o montante esperado não estava nos cofres da instituição bancária.
O suspeito do Maranhão negociou uma fazenda no interior daquele Estado por R$ 5 milhões, com o pagamento previsto para 15 dias após o crime. “Identificamos 28 criminosos que estiveram em Confresa, além de cinco bandidos apontados como piloteiros dos barcos que seriam usados no transporte até Tocantins. Também são conhecidos 20 indivíduos em Tocantins, sendo os 18 mortos e dois presos. Ou seja, era para neutralizar ou prender 33 pessoas. Ainda temos pelo menos mais 13 para identificar”, esclareceu Belão.
Em relação aos valores possivelmente almejados, o delegado evitou detalhes. “Posso dizer que o montante que eles esperavam não estava na Brinks. Temos informações de que um dos financiadores negociou uma fazenda no interior do Maranhão por R$ 5 milhões, esse preço seria pago 15 dias após o crime. Esse indivíduo é um dos financiadores e, considerando o número de pessoas envolvidas, seria uma quantia considerável para cada um. Não sabemos se a Brinks guardava essa quantia de dinheiro no local”, disse.
Segundo Belão, os financiadores sempre recebem quantias superiores hierarquicamente, pois estão nos bastidores da execução do plano. A cidade de Confresa foi sitiada, ficando em estado de guerra por várias horas. O grupo explodiu a Brinks, metralhou a base da PM e colocou fogo em veículos. A tentativa de levar valores não foi bem-sucedida devido à liberação de gás de enxofre no local durante o assalto. Vídeos divulgados pela PC nesta
quinta mostram os momentos de tensão e parte da ação. (Folhamax)
Veja o vídeo:
A ação, deflagrada pelos criminosos em 9 de abril, Domingo de Páscoa, foi frustrada pelo sistema de segurança da agência. Após a explosão para invadir a Brinks, uma “nuvem” de enxofre tomou conta do local e o bando teve que fugir sem levar nada.
Policiais de cinco estados se uniram na caçada aos bandidos numa megaoperação policial que partiu do norte de Mato Grosso até o estado de Tocantins. A caçada durou 40 dias e 18 bandidos foram mortos.
(Repórter MT)