Em entrevista nesta segunda-feira (27) ao programa Manhã Bandeirantes, o senador e ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), voltou a tranquilizar a população, ao garantir que não há motivos para preocupação com relação ao consumo de carne bovina no Brasil.
Após confirmação de um diagnóstico da doença, no Pará, conhecida como “mal da vaca louca” e espera o resultado dos exames que devem ficar prontos até o fim desta semana, do caso atípico, sob investigação.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no dia 22 de fevereiro, um caso do mal da “vaca louca”, chamado tecnicamente de Encefalopatia Espongiforme Bovin, em um animal macho de 9 anos, em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará.
Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações de carne bovina para a China foram temporariamente suspensas no dia seguinte, 23. No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira.
As exportações totais de carne bovina em janeiro cresceram 7% na receita e 17% no volume (somando carne in natura + carne processada), em relação a janeiro de 2022, alcançando US$ 851,2 milhões e 183.817 toneladas.
De acordo com Fávaro, pela atipicidade do caso, espera-se a retomada das exportações para a China em março, antes da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático.
Segundo ele, a suspensão ‘é meramente uma formalidade’. “O Brasil está cumprindo formalidades protocolares com a China e com outros países fornecedores […] Não podemos prever quantos dias, mas os protocolos estão sendo cumpridos”, disse.
Já se sabe que o animal doente não era criado em regime de confinamento, foi abatido e a fazenda está isolada. As últimas ocorrências de doença da vaca louca foram registrados no Brasil em 2021, em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e de Nova Canaã do Norte (MT). Na ocasião, a China — maior importadora de carnes brasileiras — suspendeu as compras entre setembro e dezembro daquele ano.
Segundo o Mapa, foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.
O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência do mal da vaca louca, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas, houve registros apenas de casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
“Até hoje temos o registro de apenas seis casos de vaca louca, todos atípicos, até porque como disse é um processo de envelhecimento natural do animal que acomete alguns seres. Então não é risco. Os últimos casos foram em 2021”, finalizou o ministro.
Fonte: O Bom da Notícia