Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram apreendidos nesta segunda-feira (5) pela Polícia Civil em Cocalinho (765 km de Cuiabá), suspeitos de participação direta no sequestro e possível execução de Glênia Borges da Silva Souza, de 41 anos e Deived de Oliveira Ferreira, de 21, casal desaparecido desde janeiro após deixar o Distrito Federal com destino a Mato Grosso.
A ação faz parte da Operação Verdades Ocultas 2, deflagrada para combater crimes de homicídio e ocultação de cadáver na região.
As investigações são conduzidas pela Delegacia de Cocalinho. O casal foi visto pela última vez em 8 de janeiro, na rodoviária de Goiânia, e chegou a Cocalinho poucos dias depois. Desde então, não houve mais contato com a família.
Em abril, a Polícia revelou que Glênia e Deived teriam deixado Brasília por conta de uma dívida de drogas com uma facção criminosa. Ao chegarem em Cocalinho, se hospedaram em um local conhecido como ponto de venda e consumo de entorpecentes, após familiares se recusarem a recebê-los.
Ainda segundo a investigação, eles foram sequestrados da residência onde estavam, levados para a casa de um integrante da facção, submetidos a tortura e, possivelmente, executados. Não há indícios de que tenham deixado o município, e a suspeita é de que os corpos tenham sido ocultados.
Com as apreensões desta segunda-feira, sobe para três o número de suspeitos identificados. Na semana passada, um mandado de prisão contra um adulto também foi cumprido. Outros investigados seguem foragidos.
Ao todo, cinco pessoas são apontadas como envolvidas no crime — três adultos e dois adolescentes — investigados por homicídio, tortura, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa.
A família do casal chegou a divulgar cartazes nas redes sociais pedindo ajuda para localizá-los. Uma publicação com o rosto de Glênia foi feita no perfil da Secretaria de Segurança Pública do DF em fevereiro, chamando atenção para o desaparecimento.
A Polícia Civil reforça que informações que possam ajudar na investigação podem ser repassadas anonimamente pelo disque-denúncia 197. (Fonte: Primeira Página)