O bolsonarista mato-grossense Alan Diego dos Santos confessou, em depoimento no Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), sua participação na tentativa de atentado à bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal. No interrogatório feito na tarde desta quinta-feira (19), na capital federal, Alan admitiu ter colocado pessoalmente o explosivo num veículo carregado de material inflamável e que a intenção era “provocar uma intervenção militar”.
Na oitiva, que durou duas horas, Alan ainda afirmou aos investigadores que o empresário George Washignton de Oliveira Sousa (já preso) agiu como comparsa e que, quando deixou a bomba no veiculo, estava na companhia do jornalista Wellington Macedo de Souza (ainda foragido). Alan também confessou que pegou o artefato no acampamento bolsonarista montado em frente ao Exército em Brasília, das mãos de George.
No dia do crime, a Polícia Militar foi acionada na véspera do Natal do ano passado, após a denúncia de que uma bomba havia sido colocada em um caminhão-tanque nas proximidades do aeroporto de Brasília. No mesmo dia, a Polícia Civil prendeu George Washington Souza, 54 anos, que participava do acampamento próximo ao Quartel General do Exército, montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições e que pediam um golpe militar.
Segundo diretor-geral da Polícia Civil do DF, o explosivo tinha potencial de provocar sérios danos à região ou “uma tragédia”. (HNT/Com informações do Portal Metrópoles).