Extremista de MT estava escondido na zona rural, diz delegado

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O delegado Ricardo Marques Sarto, de Comodoro (a 644 km de Cuiabá), revelou que articulou com um morador da zona rural de Vila Bela da Santíssima Trindade para que o extremista Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, se entregasse.

Alan Diego se apresentou à Polícia Civil e teve mandado de prisão cumprido no início da tarde desta terça-feira (17). Ele é réu na Justiça do Distrito Federal por estar envolvido na tentativa de atentado próximo ao Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022.

Segundo o delegado, na semana passada houve a informação de que Alan Diego poderia estar em na zona rural de Vila Bela, cidade vizinha a Comodoro.

Nas buscas, os investigadores encontram um homem, cuja identidade não foi revelada, que sinalizou ter informações e contato com o extremista mato-grossense. A partir daí, começaram as tratativas para que ele se entregasse.

“Na semana passada [a Polícia Civil] realizou busca em uma área rural próxima a Vila Bela, pois havia informação de que ele poderia estar naquele local. E em continuidade conseguiu estabelecer um contato com um popular que, em tese, poderia ter o contato com o Alan Diego”.

“Diante de algumas argumentações e exposição de alguns fatos tentamos convencê-lo a se entregar nessa delegacia para que ele responda aos crimes e aos atos que praticou. Na data de hoje ele concordou em se apresentar”, completou.

Conforme o delegado, Alan se entregou sozinho, sem a presença de um advogado.

A polícia comunicou as autoridade policiais e de Justiça do Distrito Federal, e agora aguarda o “desenrolar do cumprimento de mandado de prisão”.

Alan passará por exames de corpo de delito, audiência de custódia, e será encaminhado a uma unidade prisional, onde aguardará manifestação da Justiça.

O caso

A tentativa de explosão em que Alan se envolveu ocorreu em meio às manifestações bolsonaristas que vinham ocorrendo desde o dia 30 de novembro, que culminaram em depredações e outros crimes na Capital Federal.

Conforme informado durante a investigação, o gerente de posto de gasolina George Washington de Oliveira Sousa, 54, um dos financiadores do atentado, foi quem entregou Alan às autoridades.

O mato-grossense teria participado da confecção da bomba e, com a ajuda de Wellington Macedo de Souza, posteriormente a colocado no caminhão, que estava próxima ao Aeroporto Internacional.

Segundo Souza, foram gastos cerca de R$ 170 mil com armas e outros itens, que seriam entregues aos manifestantes.

Apesar de terem suas prisões decretadas, Wellington ainda está foragido. Wellington arrancou a tornozeleira que usava depois da tentativa de atentado na véspera do Natal. Já George continua preso.

Os acusados responderão pelo crime de explosão, cuja pena, segundo o Código Penal, pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.

Fonte: Midianews