Ameaçado, cercado, torturado e assassinado. O alagoano José Wallef dos Santos Lins, uma das vítimas do Comando Vermelho neste ano de 2025, passou por uma sessão de absoluto sofrimento e horror antes de ser assassinado no dia dos pais, 10 de agosto. A morte de José e o terror imposto pelo Comando Vermelho em Cuiabá, Várzea Grande e outras localidades da Região Metropolitana de Cuiabá foi o pilar da Operação Ditadura Faccionada CPX , deflagrada nesta sexta-feira (05).
Em entrevista à imprensa, o delegado Nilson Farias da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) relatou que José foi morto pela facção por conta de tatuagem que são atreladas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e principal adversário do Comando Vermelho na constante guerra pelo controle do Poder Paralelo.
Antes de ser morto, José foi espancado com socos, chicoteado com fios de energia, ferido gravemente com pauladas, pedradas e esfaqueado pelos criminosos. Além dele, sua esposa também foi agredida e teve o braço quebrado por um dos criminosos. O mesmo bando que realizou esses atos de pura violência também obrigou a mulher de Wallef a se casar com outro faccionado na frente do marido antes dele ser executado.
A reportagem do Olhar Direto esteve presente no local onde o corpo do homem foi encontrado após dias de buscas intensas. O corpo foi localizado por um dos cães do Corpo de Bombeiros.
Em uma cova rasa, as equipes da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) desenterraram o cadáver de Wallef, que já estava em processo de gaseificação. O cadáver também estava amarrado por um cabo de energia.
O local era de díficil acesso e nos fundos do residencial Isabel Campos, em Várzea Grande, um local conhecido como reduto do Comando Vermelho. (Olhar Direto)





