Um exame encontrou sêmen no corpo da passageira de 21 anos que acusa o piloto de aplicativo Daferson da Silva Nunes, 36, de estupro. Contudo, ainda não há confirmação se o material genético é do homem. O condutor foi achado morto, na manhã de quarta-feira (22), dois dias após a queixa de violência sexual.
Segundo a Polícia Civil, as investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, que interrogou a jovem novamente e coletou os materiais para perícia, no dia 21. A mulher também pediu medida protetiva contra o motorista de aplicativo.
O homicídio mobilizou as redes sociais diante da possibilidade de falsa comunicação de crime. Isso porque logo após o registro do suposto estupro, a foto do piloto passou a ser compartilhada e ele registrou boletim policial por calúnia e difamação. Negou o crime e temia pela vida devido às acusações.
O caso
O corpo de Daferson da Silva Nunes foi encontrado, na manhã desta quarta-feira (22), em uma estrada na região do Distrito do Sucuri, em Cuiabá. Ele estava com as mãos amarradas e tinha marcas de tiro.
O homem era piloto de moto por aplicativo e suspeito de ter estuprado uma passageira na noite de segunda-feira (20), na Estrada da Guarita. Fotos do homem foram espalhadas pelas redes sociais juntamente com áudios relatando o suposto crime.
Menos de 24 horas antes do assassinato, o piloto registrou um boletim de ocorrência alegando ser vítima de calúnia e difamação. Na denúncia, ele afirmou, ainda, que realizou a corrida com uma passageira com o nome da jovem e que ela o havia tocado na região da cintura. A desavença teria sido motivada por falta de pagamento pela corrida. (Gazeta Digital)