Uma ex-funcionária da Secretaria de Cultura entrou com uma ação contra o prefeito de Nova Ubiratã e candidato à reeleição, Edegar José Bernardi (União), denunciando ter sido vítima de assédio sexual e moral por parte do gestor da cidade.
A denúncia também foi protocolada na Câmara de Vereadores da cidade e deve ser apreciada nos próximos dias. Em 2023, o gestor se envolveu em outro escândalo de natureza sexual. Na ocasião, ele presenteou um adolescente com um brinquedo erótico no aniversário. A entrega do presente foi filmada e o prefeito trava disputa na Justiça para que a filmagem seja tirada do ar, mas teve todos os pedidos negados.
De acordo com a denúncia, a autora foi inicialmente contratada para trabalhar na biblioteca municipal. No entanto, sem qualquer justificativa, foi transferida para uma sala sem infraestrutura adequada. “O novo local de trabalho carecia de cadeiras, computadores, internet e até materiais básicos, como copos e itens didáticos”, afirmou.
Mesmo diante dessas dificuldades, a professora continuou a desempenhar suas funções, muitas vezes fora do horário de expediente. Contudo, dias depois, a funcionária decidiu buscar ajuda diretamente com o prefeito Edegar Bernardi.
No entanto, em vez de uma solução para os problemas, o prefeito teria se aproveitado da situação para assediá-la sexualmente. Durante a reunião, ele teria insinuado que estava “excitado” e feito comentários inapropriados sobre a vida pessoal da autora. “Ele insinuou que, como eu estava separada e sem ter relação sexual há dois meses, era melhor ele se retirar”, descreveu a vítima.
Após recusar qualquer tipo de relação com o prefeito, a ex-funcionária passou a ser tratada de forma rude e desrespeitosa. Em uma reunião, Bernardi teria dito que ela “não estava mais em suas boas graças” e que seu cargo estava ameaçado.
Além do assédio sexual e moral, a vítima também enfrentou conflitos com outra funcionária da secretaria. De acordo com o relato, a colega agia de maneira agressiva, gritando e xingando-a na frente de alunos e outros funcionários. “Ela me humilhava publicamente, chegou a gritar comigo”, disse.
A autora alega ter buscado ajuda do gestor da pasta, mas sem sucesso. A vítima entrou com uma ação na Justiça de Mato Grosso do Sul.
Outro lado
O Gazeta Digital tentou contato com a Prefeitura de Nova Ubiratã, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. O espaço permanece aberto para quaisquer manifestações.
Fonte: Gazeta Digital