O juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mirko Vicenzo Giannotte, entrou na lista de magistrados cotados para cargo no Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio.
Ele foi indicado ao cargo pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), que reúne mais de 1,2 mil juízes.
O juiz Mirko Vincenzo Giannotte é conselheiro representante de Mato Grosso no Conselho Deliberativo da Anamages e vice-presidente eleito por dois triênios seguidos para os Assuntos Legislativos da associação.
Conforme o site Metrópoles, Mirko Giannotte, hoje titular da Vara Especializada de Fazenda Pública em Sinop (505 km de Cuiabá), passou a ser uma opção de terceira via para o presidente Jair Bolsonaro, entre o presidente Superior Tribunal de Justiça (STF), ministro Humberto Martins, e o advogado André Mendonça, da Advocacia Geral da União (AGU).
Origem
O juiz se considera “evangélico de berço”, com descendência italiana e judaica e “muito conservador dos valores morais”.
“A minha mãe é imigrante italiana, de origem judaica, e chegou aqui em 1953, com apenas 6 anos. Ela se tornou evangélica aqui, da Assembleia de Deus. Claro, eu sempre olhei, obedeci e ouvi os preceitos, a Bíblia estava presente sempre na minha casa”, disse ele ao Metrópoles.
Supremo
Mirko Giannotte não esconde a animação com a possibilidade de chegar ao cargo mais importante do Judiciário brasileiro. Ele defende a aproximação do Supremo com a população, como a atuação da Justiça estadual.
“Ultimamente, o povo não anda vendo o Supremo como Poder Judiciário. Se alguém tocar o coração dos 11 ministros que lá estão hoje para debaterem esta ideia, tenho certeza de que eles, ainda que não tivessem nenhuma vaga para ser preenchida por agora, tenho certeza de que o povo acataria. Não sou a voz do povo, mas se eles mesmos fizessem uma reflexão, acho que eles iriam um pouco mais perto da população”, pontuou.
Bolsonaro deverá nomear um novo ministro ao STF para o lugar de Marco Aurélio Mello, cuja aposentadoria está prevista para 5 de julho. Em declarações recentes, o presidente da República afirmou que escolherá alguém com perfil “terrivelmente evangélico”.
Fonte: O Livre