alta de preços dos combustíveis tem assustado consumidores. Até mesmo o etanol, alternativa mais barata frente ao preço salgado do litro de gasolina, tem acompanhado o aumento e alguns postos da Capital já registram valores próximos a R$ 5,60 o litro. O setor produtivo explica que os aumentos se devem a uma série e fatores que culminaram em uma “tempestade perfeita”, mas garante que, apesar do momento difícil, a perspectiva é de queda já nos primeiros meses de 2022. As informações são do RD News
A diretora executiva do Sindicato das indústrias de Bioenergia do Estado de Mato Grosso (Sindalcool), Lhais Sparvoli, explica que ao menos dois pontos importantes precisam ser considerados para explicar o aumento do etanol. Um deles é o preço recorde do barril de petróleo recorde, que chega a U$ 80, o dobro do ano passado quando estava em U$ 40.
Além disso, ela lembra que todos os setores foram atingidos com a crise hídrica que provocou uma queda na produtividade de grãos e também da cana, matéria-prima do etanol. “Em dois anos choveu o equivalente a um ano. Ou seja, foi metade da chuva esperada. E nesse ano, ainda tivemos na Região Sul uma forte geada que impactou no plantio”.
Outro fato impactante, conta, foi a baixa na produção da gasolina o que demandou maior consumo do etanol.
“É um cenário desfavorável, parece que tudo culminou para uma tempestade perfeita. Mas há expectativa de chuvas par ao próximo ano e aumento na produção de petróleo. Com isso, a perspectiva é de termos uma queda no preço para o próximo ano”, avalia.
A diretora do Sindalcool destaca que o setor tem atuado em MT para ampliar a produção, inaugurando novas fábricas o está aumentando a capacidade de produção.
“Isso dá mais esperança porque vai aumentar a oferta e trazer estabilidade de preços. Diferente do que existe de informação, nós não estamos nos aproveitando para ganhar dinheiro. Ao contrário, estamos trabalhando para ampliar a oferta em Mato Grosso e fornecer etanol para o mercado interno e outros estados”.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), já na última semana de outubro a média de preço do litro do etanol já era de R$ 5 na Capital e chegava a R$ 5,31 em Alta Floresta. Com os valores atuais, para encher o tanque de um veículo com 48 litros o consumidor precisa desembolsar quase R$ 270. Há menos de um mês o gasto era, em média, de R$ 200, com o combustível custando cerca de R$ 4,17.
Fonte: RD News
