A retirada das estruturas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começou a ser feita nesta semana, em Várzea Grande, para a futura obra de implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT).
Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), todas as estruturas, inclusive os trilhos do VLT, serão removidas antes do início das obras do BRT, previstas para começar em março de 2023.
O material será armazenado em um depósito. Ainda não há previsão de quantos dias serão necessários para a conclusão dos serviços.
Obras paradas há 8 anos
As obras do VLT foram suspensas em dezembro de 2014, há oito anos e estão paradas desde então, após escândalos de corrupção e investigação da Polícia Federal, além de embates na Justiça. Em 2017, o Governo rescindiu o contrato com o Consórcio VLT. Já foram gastos mais de R$ 1 bilhão com as obras do VLT, mas o modal não será mais entregue.
O Governo de Mato Grosso decidiu a substituição do modelo de transporte após estudos técnicos que apontaram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria até seis anos para conclusão, custosa aos cofres públicos, com pouca vantagem à população e ainda contaria com uma tarifa muito alta.
Implantação do BRT
As obras do BRT estão previstas para começar no próximo trimestre de 2023 e devem entregar 135 linhas entre Cuiabá e Várzea Grande. As entregas serão realizadas separadamente, conforme apresentação do projeto do trecho e aprovação das etapas pela Sinfra.
O projeto tem investimento previsto de R$ 468 milhões e será tocado pelo Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado por empresas de São Paulo.
A implementação novo modal foi dividida em cinco fases. A primeira engloba Várzea Grande, enquanto as outras se concentram em Cuiabá: na Avenida do CPA, Avenida Fernando Corrêa, região da Prainha e por último no Centro. Com a divisão do projeto em etapas, a empresa responsável pela construção do modal terá que entregar o projeto de cada fase de forma separada. Cada planejamento será analisado e passará para a fase de execução somente após o aval da Sinfra.
Fonte: RD News