‘Estão matando minha filha novamente’, afirma mãe sobre extinção de processo

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A empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele, morta aos 14 anos, divulgou uma nota à imprensa, lamentando a decisão que extinguiu o processo contra a garota que atirou em sua filha, em julho de 2020. “A cada decisão, com um resultado como este, tenho a mesma sensação horrível do dia que vi o corpo da minha filha estirado no chão, sobre uma poça de sangue. Talvez este pessoal não saiba, mas eles estão matando a minha filha novamente”, disse a mãe da vítima.

No entendimento da juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, a atiradora “demonstrou interesse em traçar novos objetivos longe do ambiente deletério da reiteração infracional”, finalizando a execução da medida socioeducativa imposta contra ela. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) vai apresentar recurso contra esta decisão.

Em outro trecho do texto, Patrícia Guimarães ainda questionou a mudança de tipificação do ato infracional feita pela Justiça, de ato análogo a homicídio doloso para ato análogo a homicídio culposo, afirmando que as provas no decorrer do processo foram produzidas por “profissionais gabaritados”. Para a empresária, a ação foi feita “a sangue frio” contra sua filha, “que não teve a mínima chance de se defender”.

A empresária encerrou sua manifestação, declarando que não se calará e seguirá na luta para que a “a verdade dos fatos daquele terrível dia 12 de julho de 2020 seja restabelecida”. (HNT)

Confira nota na íntegra

É com muito pesar e uma tristeza profunda que recebi a notícia que a Justiça encerrou o processo contra a assassina da minha filha.

A cada decisão, com um resultado como este, tenho a mesma sensação horrível do dia que vi o corpo da minha filha estirado no chão sobre uma poça de sangue.

Talvez este pessoal não saiba, mas, eles estão matando a minha filha novamente.

Como pode a “Justiça”, simplesmente ignorar todas as provas técnicas obtidas através de inquestionáveis perícias realizadas por profissionais gabaritados e mudarem a tipificação do crime cometido, comprovadamente a sangue frio contra a vida da minha filhinha, que não teve a mínima chance de se defender?

Lembrem-se que, o que aconteceu comigo, pode acontecer com qualquer família!

Saibam que jamais me calarei e continuarei a minha luta para que a verdade dos fatos daquele terrível dia 12 de julho de 2020 seja restabelecida.

Não terei mais a minha Bele de volta e por isto, a minha alma chora e clama por justiça.

Patrícia Hellen Guimarães Ramos