A construção da fonte luminosa instalada no Parque das Águas está na reta final. Para isso, quatro técnicos chineses estão em Cuiabá trabalhando na montagem. Até a última quarta-feira (18), o grupo estava com uma tradutora que falava inglês e mandarim, no entanto, ela foi embora e a comunicação entre eles e os cuiabanos está na base da mímica.
A fonte custou R$3 milhões e, segundo o turismólogo da Secretaria Municipal de Cultura, Filipe de Oliveira Campos, só existem seis iguais a ela no mundo. “Na América do Sul só existe uma, em Lima, no Peru. Tem outra em Dubai, e os ingressos para assistir ao show lá são caríssimos”, conta.
Para Filipe, depois de pronta, a fonte deve se tornar um ponto turístico da cidade. “Mato Grosso recebe muitos turistas estrangeiros para visitar o Pantanal. Mas eles chegam e as vans de Poconé já estão no aeroporto para buscá-los, ou seja, ninguém nem come em Cuiabá”, lamenta. “Essa fonte será uma referência na cidade, algo que só temos aqui (…) Além disso, é também uma oportunidade para a população cuiabana assistir a algo que não teriam acesso de outra forma”.
O término da construção da fonte está previsto para o final de janeiro, até o dia 27. Depois disso, no entanto, um programador da China vem para Cuiabá para fazer os ajustes finos, o que demora de duas a três semanas. Ou seja, o primeiro show das águas deve acontecer no final da primeira quinzena de fevereiro.
“Serão dois shows por dia, um às oito da noite e um às nove e meia, ambos com duração média de oito minutos”, explica Filipe. O ‘show das águas’ é formado por música, iluminação, projeções em vídeo e jatos de água, que são lançados a cerca de 60 metros de altura e formam uma dança.
Segundo o turismólogo, a fonte foi vendida com 26 shows programados, e será executado um por mês. Para fazer a fonte funcionar no dia-a-dia é necessário o trabalho de somente uma pessoa, já que ela é coordenada por computador. “Temos shows prontos para dois anos. Se por acaso quisermos algum em especial neste meio tempo é só mandar para a central, na China, as coordenadas de quais movimentos, músicas e vídeos queremos, e eles enviam por internet tudo pronto”, explica. Cada show ‘extra’ tem um custo de U$S300.
Enquanto o show não começa, os chineses – um engenheiro mecânico, um engenheiro elétrico e dois técnicos continuam em Cuiabá, tanto montando a fonte quanto ensinando os cuiabanos a mexer nela. “Além da própria fonte, veio um terço das peças a mais para serem usadas, se necessário, para manutenção”, explica Filipe.
A fonte luminosa instalada no Parque das Águas só é produzida na China e possui peças exclusivas, como bicos 3D, que não podem ser montadas por empresas brasileiras.