Entre os três suspeitos de envolvimento no homicídio do policial penal José Arlindo da Cunha, de 55 anos, dois utilizavam tornozeleira eletrônica no momento do crime, sendo que um deles responde por latrocínio — roubo seguido de morte. A informação foi confirmada pelo delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Caio Albuquerque.
Segundo o delegado, ainda não há confirmação se a vítima conhecia os suspeitos ou se eles sabiam que José Arlindo era policial penal. No entanto, foi confirmado que um dos investigados já cumpriu pena na Penitenciária Central do Estado (PCE), mesma unidade em que a vítima atuava.
Conforme explicou o titular da DHPP, um dos suspeitos negou participação no crime, porém os dados da tornozeleira eletrônica indicaram que ele esteve no local no horário dos fatos. Os investigados monitorados são Mikael Luan Rodrigues Figueiredo e Valdeir Rodrigues Bandeira, presos no âmbito da Operação Contragolpe, deflagrada na manhã desta quarta-feira (17), em Várzea Grande.
“Então, dos que foram presos, dois são monitorados por tornozeleira eletrônica. O primeiro, que já foi interrogado, nega a autoria, mas por óbvio a tornozeleira acusa ele em local que justificou até o apontamento e a representação por sua prisão, além de outros elementos que estão no bojo da investigação. O segundo vai ser interrogado na sequência e o terceiro já está preso, em Porto Velho, e estamos aguardando ele ser encaminhado até uma unidade da Polícia Civil para que façamos também o interrogatório e para ver a versão dele”, disse o delegado à imprensa, durante coletiva realizada na DHPP.
Ainda conforme Caio Albuquerque, Valdeir e Mikael foram identificados tanto por elementos técnicos da investigação quanto por informações de testemunhas, que relataram que ambos faziam uso de tornozeleira eletrônica.
Diante disso, a Polícia Civil deve solicitar autorização judicial para analisar detalhadamente a movimentação dos suspeitos, a fim de identificar o trajeto percorrido, o tempo de permanência no local do crime e os pontos por onde passaram.
“Até para verificar se eles estavam em locais onde o policial também esteve. Então, através disso, mediante instauração judicial, a polícia consegue ver onde esses monitorados estavam”, explicou.
O delegado também afirmou que as investigações apontam que a vítima morreu em decorrência de espancamento, resultado de uma briga iniciada anteriormente, em outro local. Além disso, José Arlindo foi atingido por um disparo de arma de fogo no joelho.
“A causa da morte do policial penal, conforme a necrópsia, é por espancamento, inclusive, em tese, teria sido usado até um capacete como instrumento dessa agressão. A dinâmica dos disparos ainda será esclarecida, para sabermos se ele atirou antes ou depois de estar sendo espancado”, detalhou.
Por fim, o delegado explicou a linha investigativa até o momento: “Teria essa discussão anterior em outro local, ele sai desse local, vai para essa segunda casa, lá ele é chamado para fora como se fossem tomar satisfação dele. E aí há essa discussão que descamba para disparos de arma de fogo e o homicídio dele mediante espancamento”. (Leiagora)





