Com o crescimento alarmante dos casos de dengue e chikungunya no Brasil, especialmente em Mato Grosso, onde 40 mortes já foram causadas pelas doenças, inúmeras medidas vêm sendo apontadas para diminuir o surto dessas arboviroses no Estado. Entre as alternativas, além da conscientização da população, que é essencial, há um debate acalorado sobre o retorno dos “carros de fumacê”, que espalham inseticidas nas ruas e em casas para acabar com o mosquito transmissor.
A medida, que por muitos anos pareceu bastante útil em situações emergenciais, agora já não tem sido vista da mesma forma. Em entrevista ao Repórter MT, o infectologista Abdon Karhawi explicou que estudos comprovaram que o “fumacê” não tem eficácia e não traz benefício para a população, fatores esses que fizeram com que ele parasse de ser usado em cidades e estados do país.
“Existem medidas que são mais comprovadas e outras não. O fumacê é inseticida para matar o mosquito e foi muito usado na época de combate à febre amarela. […] O fato é que o inseticida é uma medida epidemiológica e não tem eficácia. Esse é o problema. A ciência mostrou que não tem benefício”, contou. (Repórter MT)