Entenda hábitos dos mosquitos e saiba como se livrar deles

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Junto com o calor intenso e clima seco que assolam Mato Grosso e, principalmente, a Capital, típicos dessa época do ano, vem também o ataque incômodo de pernilongos ou mosquitos. A presença dos insetos se deve justamente porque a temperatura ambiente ideal para o seu organismo é em torno de 26 °C a 28 °C.

O biólogo Tony Schuring explica que um dos grandes vilões é o Aedes aegypt, pois esta espécie é bem comum em nossa região e ainda pelo fato de ser a disseminadora de várias doenças como dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela.

“A reprodução destes mosquitos ocorrem por meio de cópula entre o macho e a fêmea, O acasalamento acontece durante o voo e ou sobre uma superfície plana e, em seguida,  para ocorrer o  amadurecimento de seus ovos a fêmea necessita de sangue humano ou animal, pois é o que irá fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento dos ovos.”

De forma geral, ele ressalta que os mosquitos têm maior capacidade de reprodução no período de chuva, pois a fêmea necessita de água limpa e parada para depositar seus ovos, ela faz isso de forma aleatória e uma única fêmea pode  seguir depositando ovos em uma distância de até um km,  normalmente após 7 dias, a larva cresce e vira pupa e, 2 dias depois, o mosquito está completamente formado e pronto para picar. “O tempo médio de vida de um mosquito adulto é de 30 a 40 dias e durante este período cada fêmea pode colocar até três mil ovos.”

Porém, outro fator na reprodução é que quanto mais quente o ambiente, mais rápido o mosquito se desenvolve e a nossa posição geográfica, bem em cima da linha do equador, nos deixa com uma exposição solar plena de sol durante quase todo o ano. “Sendo assim, esta a explicação pela proliferação acelerada em nossa região, outros fatores como desmatamento também são facilitadores da distribuição destes insetos –  que após saírem das matas e terrenos baldios buscam abrigo em nossas casas”, alerta.

Tony relata ainda que a contaminação de doenças se dá quanto após picar uma pessoa infectada o mosquito procurar outras pessoas que não estejam infectadas. “Caso não haja ações preventivas contra a ação dos mosquitos, a janela temporal de contaminação fica ampliada e, desta forma, pode ser alcançado um grau de contaminação alto podendo se tornar uma epidemia.”

As temperaturas médias mais altas em nossa região criam um ambiente propício para a reprodução do mosquito isto associado à existência de piscinas, jardins e outros lugares que acumulam água parada.

“Por isso, é muito importante evitar água parada, pois assim diminuímos os locais de criadouro. Ovos de mosquitos já foram encontrados em recipientes com água como latas, garrafas, barris, jarros, vasos com flores, xícaras, tanques, banheiras, bueiros, cisternas, fossas, bocas de lobo e até em  tanques de criação de peixes. Além disso, eles ainda contam com algumas plantas como  bromélias, por exemplo.”

Perigo

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Água parada

O mais perigoso dos fatores e que não existem vacinas, cura ou tratamento que sejam eficazes contra a dengue, por exemplo, que pode levar o indivíduo infectado à morte. O único modo de combater esta doença é envenenar os insetos que a transportam. No entanto, isso significa envolver nossas casas,  jardins, ruas e parques públicos ou qualquer outro lugar que exista grande fluxo de pessoas  em uma nuvem de inseticida.

“Atualmente, também contamos com uma outra abordagem, promissora, porém ainda é experimental, uma empresa de biotecnologia britânica vem  desenvolvendo métodos para modificação da estrutura genética do macho do mosquito Aedes. A ideia consiste, essencialmente, em transformá-los  em um mutante capaz de destruir sua própria espécie”, informa Tony.

Mas até que isso seja aplicado efetivamente, além de inseticidas e repelentes, a dica é utilizar plantas repelentes como a citronela, a erva do gato (Catnip). “Ela agrada os gatos, e em contrapartida assusta os mosquitos, temos também o manjericão, lavanda (alfazema), alecrim, crisântemo e o poejo.”

O biólogo chama a atenção para a necessidade contínua dos cuidados com os quintais e terrenos baldios. “Temos que eliminar a água parada para prevenir focos do mosquito em ambientes urbanos em geral, tanto dentro quanto fora de casa”, finaliza.

Fonte: Gazeta Digital