Revoltadas com aumento de taxa, empresas de caçambas fazem protesto em Cuiabá; vídeo

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A Associação de Empresas Locadoras de Equipamento para a Construção Civil de Mato Grosso realizou um protesto, na manhã desta segunda-feira (19), contra o aumento da tarifa de descarte de resíduos e a falta de locais adequados para o descarte.

Este é o segundo protesto que a categoria realiza – o primeiro ocorreu na sexta-feira (16). A partir de hoje a ordem é que os transportadores de resíduos paralisem totalmente as atividades.

MidiaNews conversou com um dos representantes da associação, Cleverson Armando, que relatou estar lidando com resistência por parte do órgão responsável pelos contratos, a Limpurb (Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana), acerca das demandas.

Segundo ele, atualmente, Cuiabá dispõe somente de dois locais para essa finalidade, sendo a empresa Eco Ambiental e a CGR.

A primeira, que trabalha por meio de concessão para a Prefeitura de Cuiabá, aumentou tarifa em fevereiro deste ano. O sindicato considerou a prática abusiva, pois, segundo eles, o período incluído no aumento já teria tido reajuste.

“Desde fevereiro a gente está brigando. Entramos com pedido na Arsec (Agência Municipal de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá), mas não responderam. Encaminhamos ofício ao Ministério Público (…) e até agora também não deu resultado”, disse Cleverson.

“Fizemos ofício para a Limpurb, fizemos reunião com eles no mês de março, mas não estão nem aí. O aumento da tarifa está irregular. O valor era R$ 15 e foi para R$ 32,80 o metro cúbico para descarregar na Eco [Ambiental]”.

“Esse aumento de 2011 a 2021 foi errado. Eles subiram esse período todo, porém já tinha sido feito um reajuste da tarifa em 2015, que contemplava 2010 a 2015”.

“E detalhe: em 2015 subiu valor a mais. Então a prefeitura fez um TAC [Termo de Ajuste de Conduta] com a empresa, de que eles só poderiam reivindicar aumento depois de 2017. Mas eles agora pegaram o período de 2011 a 2021”.

A outra questão também pleiteada pela categoria é em relação às poucas áreas de descarte. De acordo com Cleverson, a Eco Ambiental é licenciada apenas para receber resíduos classe A, como tijolos, telhas, areias e outros materiais trituráveis.

Já a outra empresa, CGR, não aceita descarte tipo D, que seriam tintas, vernizes, solventes e outros produtos tóxicos. Além disso, também só recebem material de transportadores com CNPJ, o que prejudica a classe, pois a maioria trabalha como pessoa física.

“A cidade precisa de outros pontos para não acumular os caminhões no mesmo local. E também tem o fato de que a empresa que a Prefeitura fez a concessão não tem licença para todos os resíduos”.

Cumprimento de TAC

Ainda conforme os documentos enviados à reportagem por Cleverson, em 2014 a Prefeitura assinou um TAC com o Ministério Público Estadual se comprometendo a construir uma usina de reciclagem, que até o momento não foi cumprido.

Diante disso, o sindicato protocolou o documento junto à Limpurb, no qual requer ação da gestão para que a empresa CGR tenha licença para receber todas as classes de resíduos até que a usina seja construída.

Também consta a demanda sobre a empresa aceitar transportadores que trabalham como pessoa física e que o local aceite descarte por metro cúbico, e não por tonelada, como funciona atualmente.

“Desde fevereiro a gente está brigando. Entramos com pedido na Arsec, mas não responderam, encaminhamos ofício ao MP, no setor de tarifas, e até agora também não deu resultado. Fizemos ofício para a Limpurb, fizemos reunião com eles no mês de março, mas não estão nem aí”. (Midianews)

Veja o vídeo abaixo: