Empresas da Argentina, Portugal e Espanha querem concluir o VLT de Cuiabá

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Mesmo depois de duas Copas do Mundo, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ainda continua uma incógnita. Mesmo assim, empresas europeias e até da própria América do Sul estão interessadas em administrar o modal. O secretário adjunto do VLT, José Picolli, explicou ao Olhar Direto que a expectativa é que, em horários de pico, o máximo de passageiros será de 250.

“Nós temos algumas empresas que já demonstraram interesse, são da Argentina, Portugal e Espanha. Porém, ainda precisamos definir aqui como será a licitação. Se vai operar e terminar, ou só operar. Teremos o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e vamos ver como irá se desenvolver”, disse o secretário.

Picolli ainda afirmou que o trecho mais rentável do VLT será o do Coxipó. Durante o horário de pico, a expectativa é que os trens transportem cerca de 250 passageiros, sendo que a capacidade é para 400 (73 sentados). No máximo, a previsão é que 28 composições estejam transitando pelos trilhos entre Cuiabá e Várzea Grande pelas 32 estações e quatro terminais.

A implantação do VLT deverá criar diversos empregos: “Aqui, nós estimamos que deve criar 600 empregos diretos e 1.800 indiretos. Por isso nós lutamos tanto para implantar este modal aqui. Além de melhorar o transporte coletivo, também estará dando renda para muitas famílias. É praticamente uma cidade que nós temos aqui no Centro de Manutenções”, disse o secretário.

VLT

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tiveram início em 2012, com previsão de conclusão em março de 2014, três meses antes da Copa do Pantanal Fifa 2014, tendo Cuiabá como uma das sedes – quatro jogos foram realizados na Arena Pantanal José Fragelli. Alegando não ter recebido por parcela considerável do que já havia realizado, o Consórcio VLT paralisou as obras em dezembro de 2014.

Após a posse, o governador Pedro Taques determinou auditoria nas obras e no contrato do Consórcio VLT. Constatou-se superfaturamento e falhas pontuais, como a aquisição antecipada das locomotivas e vagões do VLT supostamente por causa de um período de baixa do dólar.

Em fins de 2015, por determinação do juiz Ciro Arapiraca, da Seção Judiciária de Mato Grosso, houve a retomada das conversações do governo com o Consórcio VLT, para que as obras pudessem ser concluídas. Após a delação premiada de Silval Barbosa, revelando que houve corrupção, o contrato foi rompido. No início, o valor do projeto foi fixado em R$ 1,447 bilhão.

Fonte: Olhar Direto