Empresário goiano compra soja furtada em ferrovia de MT e tem bens apreendidos

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, determinou o sequestro de dois caminhões, três caminhonetes e cinco carros de uma quadrilha que roubava vagões de carga de trens da empresa Rumo Logística. A medida ocorre no âmbito de um processo derivado da operação “Prospecção”, da Polícia Judiciária Civil (PJC), de crimes contra o terminal ferroviário da empresa em Alto Taquari (483 Km de Cuiabá).

Foram sequestrados os caminhões Mercedes Benz 915C/2011 e Volkswagen 13/2010, duas Hilux SW4 uma Dodge RAM 2500, uma pick up Strada HD 2019, um Golf VW Highline 2014, um Honda Civic LXR 2014, um Nissan Kicks SL 2016 e um GM Prisma 2018. Na decisão, da última terça-feira (25), que determinou o sequestro, o juiz também autorizou a utilização do Nissan Kicks SL 2016, apreendido na operação, pela PJC.

“Diante do exposto, comprovado o interesse público e social, visando à conservação do veículo, existe previsão para a afetação provisória de bens, colocando-os sob o uso e custódia da Polícia Judiciária Civil, até ulterior decisão sobre a destinação do mesmo,
motivo pelo qual o pleito merece deferimento”, autorizou o magistrado.

Há ainda uma caminhonete Amarok que foi apreendida pela PJC, e que os policiais também pediram para utilizar, porém, o juiz negou a solicitação uma vez que o veículo não possui “comprovação do vínculo com o alvo investigado”.

Segundo as investigações da PJC, o desvio de vagões de cargas – entre eles, carregamentos de milho -, também contou com o crime de receptação praticado pelo empresário Ricardo Bruno Ribeiro Jesus, de Santa Rita do Araguaia (GO), entre 2020 e 2021.

Ele é proprietário da L.R. Nutrição Animal e Produtos Agrícolas. “O grupo vendeu 8 toneladas do farelo de soja, em tese, furtadas das locomotivas da empresa Rumo Logística, ao que tudo indica, para o empresário R. B. R. J. proprietário da empresa L.R. Nutrição Animal e Produtos Agropecuários, com sede na cidade de Santa Rita do Araguaia/GO”, dizem as investigações. Os crimes contaram com a participação de outro grupo, de receptadores.

Fonte: Folhamax