Em depoimento ao delegado Claudinei Lopes da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), o empresário José Clóvis Pezzin de Almeida afirmou que não tinha a intenção de destruir o deck do restaurante de comida japonesa, Haru, localizado na Praça Popular, em Cuiabá. O caso foi registrado no último sábado (24) e ganhou grande repercussão midiática.
Segundo o boletim de ocorrência, Pezzin destruiu a estrutura do restaurante, que estava cheio de clientes, depois de se envolver em uma briga com outros frequentadores do local.
Depois de colidir propositalmente contra o deck, ele fugiu. Na fuga, ele atropelou a própria tia e não prestou socorro. Ela precisou ser encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento. Todo o tumulto foi gravado. Pezzin abandonou o carro na Rua Castelo Branco. Policiais militares fizeram buscas, mas ele não foi encontrado.
Nesta terça-feira (27), o empresário procurou a Deletran para contar sua versão dos fatos.
“Ele confirma também que realmente estava desesperado, que estava sendo agredido. Queria fugir logo, sair do local. O empresário alega que não teve intenção de danificar o deck. Ele disse que não percebeu quando atropelou a própria tia que estava atrás do veículo, não percebeu, falou que saiu rápido”, narrou o delegado.
Na oitiva, ele também relatou que não iniciou a briga com os outros clientes. Pezzin alegou que estava indo para o banheiro, quando uma pessoa desconhecida esbarrou nele, iniciando a confusão. Ele também afirma que foi agredido pelos seguranças do estabelecimento comercial.
De acordo com Claudinei, o empresário está com lesões visíveis pelo rosto e será submetido a exame de corpo e delito. Por não estar mais em situação de flagrante, ele não foi preso e continuará solto. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio, dano qualificado e omissão de socorro.
‘CAPIVARA’
Pezzin ganhou as manchetes cuiabanas depois de colidir seu veículo Porsche com um Fox na região dos condomínios de alto padrão da Rodovia Helder Cândia, em janeiro de 2024. À ocasião, o motorista do Fox, o jovem Gabriel de Paula Parabas Feitosa ficou entre a vida e a morte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Além dos dois acidentes, o empresário também foi preso no âmbito da Operação Hades, do Alagoas, suspeito de integrar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que opera em pelo menos 16 estados do país. José Clovis ainda tem passagens pela polícia por violência doméstica e por quebrar medida protetiva. As informações estão disponíveis para consulta no JusBrasil. (HNT)