Empresário de Mato Grosso que doou R$ 100 mil a Bolsonaro vai depor em CPMI

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Tido como um dos “reis da soja” de Mato Grosso, o empresário Argino Bedin, conhecido pelas atividades agrícolas em Sorriso (397 km de Cuiabá) vai prestar depoimento na terça-feira (3), às 9h, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos de 8 de janeiro que depredaram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Suprema Tribunal Federal (STF).

O pedido de convocação partiu da relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e do deputado Carlos Veras (PT-PE).

Segundo um dos requerimentos, “Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes.”

Simpático aos ideais de Bolsonaro (PL), Bedim doou R$ 100 mil para a campanha à reeleição do ex-presidente da República em 2022.

Argino Bedin, que teve a sua conta bloqueada, aparece em uma foto com Bolsonaro, em uma visita do chefe do ex-presidente à cidade de setembro de 2020. Em entrevista ao site “O Joio e o Trigo”, abriu voto a Bolsonaro e disse ter se mudado para a região em 1979 “durante o processo de colonização da região, impulsionado pela ditadura civil”, segundo o texto.

Na entrevista, defendeu o presidente. “Até debaixo d’água, eu defendo o governo Bolsonaro.”

Nas eleições de 2018, Bolsonaro obteve uma ampla preferência do eleitorado de Sorriso. Em 2018, Bolsonaro conseguiu 75,48% dos votos válidos no segundo turno, contra 24,53% do atual ministro da Fazendsa Fernando Haddad (PT). Quatro anos depois, também no segundo turno, Bolsonaro venceu Lula por 74,34% a 25,66%.

Fonte: Repórter MT