A licitação do transporte coletivo em Cuiabá tem 4 empresas habilitadas. Das 5 concorrentes, apenas a Pantanal Transportes, que opera com cerca de 200 veículos, sendo a maior, foi desclassificada por falta de certidão de regularidade fiscal. As empresas que continuam no processo, assim como a eliminada, são as mesmas que operam ou têm sociedade com as operantes. A expectativa da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) é que o resultado final seja conhecido ainda em dezembro. Cada empresa se habilitou individualmente para um lote da licitação. São 4 lotes divididos por região da Capital.
Levantamento da Câmara Municipal de Cuiabá na Junta Comercial destaca que a Pantanal Transporte, que já opera em Cuiabá e concorria ao processo licitatório, tem como proprietário Ricardo Caixeta. A concorrente Integração Transporte, que também já opera, é do empresário Rômulo Botelho. A concorrente Caribus Transportes, que presta serviço atualmente, é controlada por Pedro Constantino, substituindo a Norte Sul. A Rápido Cuiabá Transporte e a Viação Transportes aparecem com sociedade com a Pantanal, de Ricardo Caixeta.
Presidente da Associação de Usuários do Transporte Coletivo (Assut), Amado Soares ressalta que a grande preocupação é de que as empresas que hoje operam, e concorrem ao certame, continuem com o serviço caótico. Ele complementa que são corriqueiras as reclamações de veículos sucateados, viagens em atraso, entre outras. Soares frisa que caberá ao Ministério Público e até mesmo ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) ficarem atentos a irregularidades. O presidente da Assut confirma que uma das cobranças dos usuários era de que a licitação contemplasse ao menos 80% da frota climatizada, mas o certame chega apenas a 40%. “É evidente que as empresas que estão concorrendo são as mesmas. Os órgãos de fiscalização precisam estar atentos para que o contrato seja cumprido a risca, ao contrário, teremos o mesmo cenário de empresas que não cumprem com serviço de qualidade ao usuário de transporte coletivo”, diz.
Diretor de transportes da Semob, Nicolau Budib explica que a licitação está na fase de abertura de envelopes, realizada no dia 18. Com isso, as empresas que concorrem ao certame apresentam propostas como o número de veículos a colocar em circulação. “É uma fase ainda de analisar se as empresas têm capacidade técnica para operar na Capital. Depois disso vem a proposta financeira, da qual saem vencedores as que oferecerem melhores valores para investimento”, frisa.
Fonte: Gazeta Digital