Emanuel tenta abafar escândalos de corrupção e não explica afastamento de secretários

Fonte:

O prefeito já é marcado pelo escândalo do paletó e ainda teve a gestão marcada por um recorde nada positivo: quatro secretários afastados

Não bastasse a cena de Emanuel Pinheiro (MDB) colocando dinheiro no paletó numa situação constrangedora, o prefeito ainda teve o mandato marcado por escândalos de corrupção e quatro secretários afastados. Um recorde bem negativo que poucos gestores querem carregar. Porém, o segundo turno iniciou há seis dias e até o momento não houve sequer uma explicação ou satisfação sobre o que foi feito para recuperar o dinheiro que deixou os cofres públicos para atender interesses privados.

Foram várias operações que apuram denúncias de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, peculato, entre outros crimes. O ex-secretário municipal de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos, foi alvo da Operação Overlap e afastado do cargo por fraude em licitação e movimentação suspeita que chegam a R$ 1 milhão de reais. O esquema teria beneficiado, inclusive, empresas de parentes do secretário.

Outro afastado foi procurador-geral de Cuiabá, Marcus Brito, que foi alvo da segunda fase da Operação Overlap.  A investigação aponta que o procurador teria atuado no intuito de obter vantagem indevida por meio da contratação da empresa B.O. Conceição e Silva e Cia Ltda, com nome fantasia Ceteps. O esquema teria iniciado quando Brito ainda ocupava o cargo de secretário de Comunicação e Inovação de Cuiabá, e agiu em parceria com o ex-secretário de Educação, Alex Vieira, para obter tal vantagem, de quem ele seria sócio no escritório de advocacia Zambrim, Brito & Vieira Passos Advogados e, no exercício da função de secretário de Comunicação, teria efetuado a contratação da empresa B.O. Conceição e Silva e Cia Ltda, sabendo que pertencia a Alex.

Um dos maiores escândalos envolvendo a gestão foi na Saúde, área essencial para a população. O ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, foi preso pela Operação Sangria por desvio de recurso público. O grupo envolvido no esquema já tinha sido preso em dezembro de 2018 pelo mesmo motivo: acusados de fraude em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Os crimes são referentes à condutas ilícitas praticadas por médicos, que administravam empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesar o erário público, por meio de contratos vinculados às secretarias estadual e municipal de Saúde com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Já o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, foi alvo do Gaeco por suposto desvio em licitações voltadas ao enfrentamento da Covid-19. Dentre eles, o sobre preço do medicamento ivermectina no valor de R$ 715 mil.

Vale destacar que todos os secretários foram afastados pela justiça e não por ação do prefeito. Muito pelo contrário, tanto que Possas já tentou retornar ao cargo por duas vezes e teve o pedido negado pela justiça, que considerou inclusive, os argumentos da defesa ainda mais graves do que os fatos relatados pelo Ministério Público.

Conhecido nacionalmente como o prefeito do paletó, Emanuel Pinheiro é réu na Justiça Federal por ter sido flagrado, em 2013, recebendo propina por parte do ex-governador Silval Barbosa (condenado a 13 anos de prisão por desvio de recurso público).

As informações são do Site Leiagora