Tem sido um verdadeiro ‘calvário’ diário o que os passageiros enfrentam na superlotação dos ônibus em Cuiabá . Cada vez mais expostos ao risco de contágio do novo coronavírus.
Mesmo diante desta triste realidade, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) asseverou que não pode ser cobrado pela população, nem tampouco, ser o único criticado por conta da aglomeração dentro dos transportes públicos da capital. Ao apontar que, igualmente, o usuário do transporte coletivo tem culpa nesta situação, já que não esperam por um veículo vazio.
A afirmação foi dada durante coletiva na manhã de segunda-feira (8), no Palácio Alencastro.
“A população não gosta de esperar, quer pegar o primeiro. E se eu botar fiscal, o cara vai apanhar. A realidade é essa. Todo mundo defende que não pode lotar, mas ninguém quer esperar o próximo. Não vai mudar. Se vier o VLT também não muda. Você pode até minimizar, mas é o comportamento da população, que não espera o próximo ônibus”, disse em conversa com jornalista.
A população não gosta de esperar, quer pegar o primeiro. E se eu botar fiscal, o cara vai apanhar. A realidade é essa
O gestor explicou ainda que, atualmente, Cuiabá tem 360 ônibus que atendem em média de 200 mil usuários. Ele [Emanuel] admite que o ideal seria transportar os passageiros sentados, no entanto, se adotar tal medida, a população vai reclamar que os pontos de ônibus estão lotados.
“Como precisam arrumar um culpado, culpam o Emanuel, o Mauro, Juca o Bolsonaro, mas é a situação. O motorista sozinho não segura (os usuários). A realidade é diferente do ideal. Não vou fazer decreto pra marmanjo dizendo que não pode andar em ônibus lotado. Temos que cobrar da sociedade também, ficar cobrando só do prefeito, como se eu fosse gestor de 700 mil crianças (não tem como). A minha responsabilidade é maior, mas também há da sociedade”, completou.
Emenda reprovada
Vale lembrar que na semana passada a Câmara Municipal de Cuiabá reprovou uma emenda para a aplicação de multa às empresas de ônibus que não cumprissem a ordem de colocar 100% da frota de ônibus nas ruas durante a pandemia.
O vereador Dilemário Alencar (Podemos), juntamente com a vereadora Michelly Alencar (DEM) apresentaram na última quarta-feira (3) a emenda. Contudo, a proposta foi rejeitada por 16 vereadores que votaram contra a aprovação.
Fonte: O Bom da noticia