Em Roraima, jornalista de MT acompanha a chegada de venezuelanos ao Brasil

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Mostrar a realidade dos venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil em busca de segurança, trabalho, saúde e uma vida digna, fugindo de um governo de esquerda. Essa é a proposta do Missão Roraima, projeto realizado pela jornalista Camila Nalevaiko, do site Agência da Notícia, veículo de comunicação do interior de Mato Grosso.

“Vamos procurar entender o porquê do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) obteve a maior votação do Brasil em Roraima, sendo que as regiões norte e nordeste votaram no candidato adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, explica a jornalista.

O Estado é vizinho da Venezuela, portanto, é a principal porta de entrada para os estrangeiros fugitivos do socialismo. Roraima tem 15 municípios e em 14 deles, Bolsonaro, candidato à reeleição, foi vitorioso, contabilizando mais de 207.500 votos (69,57%). Lula, por sua vez, foi a escolha de 68.760 eleitores (23,05).

A jornalista frisa que esse trabalho é importante para conscientizar a população, principalmente os eleitores indecisos, dos efeitos da ascensão da esquerda ao poder, assim como tem ocorrido em outros países da América Latina.
Nalevaiko reforça que uma decisão tomada agora no 2º turno das eleições presidenciais impactará também a vida de crianças e adolescentes que colherão, no futuro, os frutos plantados agora.

“Esses vídeos devem chegar àquelas pessoas, principalmente, os indecisos que ainda não sabem em quem votar no próximo dia 30 de outubro”, diz a jornalista.

A crise venezuelana

A Venezuela vive instabilidades no governo desde 2013, quando Nicolás Maduro foi eleito presidente. Sucessor de Hugo Chávez, o novo presidente tentou manter a política do governo anterior, mas o cenário já dava sinais preocupantes. A exemplo da inflação acima de 800%.

Esse cenário resultou em colapso político, econômico e social.
A partir de então, grande parte dos venezuelanos procuram outros países para viver. De acordo com o Unicef, entre 2015 e 2018, o Brasil recebeu mais de 254 mil venezuelanos. Só em Pacaraima, em Roraima, a estimativa é de que estejam abrigados 6 mil venezuelanos.

Em 2018, o governo federal implantou a operação Acolhida, responsável por receber essas pessoas e abrigá-las, oferecer comida, averiguar o estado de saúde, organizar os vistos brasileiros e estabelecerem os imigrantes para outras regiões do país.

Segundo o Ministério da Cidadania, 84.463 venezuelanos foram atendidos, de 2018 até setembro deste ano.

O projeto

A iniciativa surgiu de um pedido feito por Bolsonaro para que a imprensa mostrasse ao Brasil como tem sido a vida dos venezuelanos nos últimos anos.

O projeto contou com doações de empresário, pecuaristas e particulares que fizeram doações para a equipe de reportagem iniciar a sua viagem, que começou na quarta-feira (12). Ainda falta muito a ser retratado e para isso, a jornalista e seus colegas precisam de apoio.

A chave Pix para doações é: 816.610.701-59, em nome de Camila Nalevaiko.