Em MT, Rui Prado defende industrialização e agricultura familiar na Grande Cuiabá

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Com um milhão de habitantes e bolsões de riqueza a região da Grande Cuiabá enfrenta um grave problema social causado pela falta de emprego, sobretudo para a mão de obra menos qualificada.

É a viuvez com marido vivo. Mães permanecem em casa com os filhos enquanto os pais saem para trabalhar em pavimentação rodoviária, construção de barragens, fazendas e na extração vegetal em outros municípios.

“Esse cenário precisa de urgente reversão com a expansão do parque industrial, o aumento da oferta de empregos na indústria e com ações complementares”, analisa o pré-candidato a deputado federal Rui Prado (PSD).

“Enquanto o parque agroindustrial mato-grossense se expande em vários municípios, Cuiabá, Várzea Grande e entorno permanecem à espera de plantas industriais que não chegam”, observa Rui Prado.

Ex-presidente do Sistema Famato, da Aprosoja Mato Grosso e da Aprosoja Brasil, portando conhecedor da realidade do agronegócio, do qual é uma das lideranças, o pré-candidato defende uma abrangente política para gerar empregos e qualificar mão de obra.

Segundo ele, o fortalecimento do parque agroindustrial da Grande Cuiabá depende somente de vontade política.

“O trem da Ferrovia Senador Vicente Vuolo operado pela Rumo Logística apitará em Cuiabá, em breve, e há matéria-prima suficiente para a expansão do nosso parque agroindustrial, o que seria excelente porque além da geração de empregos Mato Grosso diminuiria sua exportação in natura”.

Rui Prado entende que seja preciso ajustar os ponteiros da economia com a política, porque tanto a chegada dos trilhos quanto a construção de plantas agroindustriais são processos que demoram certo tempo.

“A previsão é que o trem apite em Cuiabá daqui a três anos; nesse período é possível a criação de um grande e diversificado parque agroindustrial e a capacitação da mão de obra para tanto”, argumenta Rui Prado.

O ajuste citado por Rui Prado, segundo ele terá que passar pela criação e readequação de programas do governo federal e até mesmo pela criação de legislação específica para amenizar a carga tributária, em alguns casos específicos desonerá-la temporariamente e para a adoção de compensação ambiental. “A instalação de uma indústria de grande porte interfere no meio ambiente e nós não podemos nem pensar em agravarmos a situação do rio Cuiabá, já excessivamente poluído e assoreado”, diz com convicção.

“Temos que levarmos em conta o alto custo de uma indústria competitiva e não poluidora. Brasília tem que criar os mecanismos para que Cuiabá as receba”, observa nas entrelinhas o que seria o papel da Câmara nesse contexto.

Pela localização da região de Cuiabá, por sua oferta de mão de obra e energia elétrica, além da infraestrutura urbana, é possível a instalação de indústrias de roupas, o que nos propiciaria a integração campo-polos regionais-capital.

“O algodão é descaroçado em vários municípios e precisa passar pelos processos de fiação e tecelagem; essas etapas de produção Mato Grosso tem, mas precisa fechar a cadeia da cotonicultura com indústrias de roupas em Cuiabá e Várzea Grande”.

“Cuiabá e Várzea Grande formam um grande polo cervejeiro e de produção de refrigerantes; e a capital tem uma importante produção de cimento, mas ainda há excedente de oferta de mão de obra”, observa Rui Prado, acrescentando que será preciso diversificar o mercado industrial e de trabalho.

Na visão dele, a Câmara dos Deputados tem lugar de destaque no contexto da criação de outra grande matriz econômica na Grande Cuiabá, que é a agroindustrialização, que se somará à prestação de serviços e de saúde pública, e ao polo universitário ancorado pela Universidade Federal (UFMT).

“Não devemos confundir crescimento com desenvolvimento. Faço essa afirmação tomando por exemplo o abastecimento de nossas feiras e mercados em sua maior parte com hortifrútis vindos de São Paulo, distante 1.500 quilômetros. No mosaico fundiário da Grande Cuiabá predominam as pequenas propriedades, são chácaras e sítios que precisam de uma política abrangente e transversal numa parceria das prefeituras com a Fetagri, Famato, Senar, governo estadual, Incra, Ibama, Ministério da Agricultura e outros órgãos e entidades para chegarmos ao processo produtivo em escala, de modo a garantir o consumo na região e ainda de vendermos o excedente para outras cidades”, pontua Rua Prado.

A dependência de São Paulo – explica Rui Prado – “não nos impede de crescer, mas não nos permite alcançar o desenvolvimento em sua vertente social na medida em que muitos vivem abaixo da linha da pobreza ao lado de bolsões de riqueza que consomem produtos de outro estado, que poderiam ser cultivados aqui gerando empregos”, sintetiza.

Rui Prado fala com conhecimento sobre produção de hortifrútis, pois durante sua presidência na Famato o Senar ministrou muitos cursos de capacitação, também para a atividade rural.

Na visão do pré-candidato o aumento e diversificação da produção no Cinturão Verde, que na verdade tem que ser compartilhada com dezenas de comunidades na Grande Cuiabá, além de gerar empregos e utilização a mão de obra da agricultura familiar, contribuirá para a melhoria dos produtos e a redução de seu custo final.

“Cuiabá sempre e citada enquanto caixa de ressonância política, mas não lhe basta esse título. É preciso transformar esse ditado em realidade com uma consistente política pública federal integrada com o Estado e o município, para zeramos a submoradia, o subemprego e o emprego deslocado para fora da região”.

Rui Prado diz que uma capital com 300 anos e o potencial de Cuiabá necessita de vozes firmes em Brasília, para concluir obras públicas paralisadas, oferecer melhores condições de moradia e consequentemente de vida a todos.

“Quando o PSD incluiu meu nome entre os nossos candidatos a deputado federal deixei claro que essas demandas que ora comento estarão sempre no centro das minhas atenções, porque minha presença em Cuiabá me leva a vivê-las e não somente conhecê-las por ouvir dizer”, complementou Rui Prado.