Elefanta resgatada na Argentina, morre no santuário de Chapada dos Guimarães

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O animal foi resgatado no Ecoparque de Buenos Aires, Argentina Foto: Santuário de Elefantes do Brasil

Aos 35 anos, morreu a elefanta africana Pupy, de 35 anos, que morava no Santuário de Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá). A morte ocorreu na noite de sexta-feira (10), e foi confirmada pela equipe do santuário neste sábado (11).

Pupy foi transferida de um zoológico em Buenos Aires. Estava no Brasil há seis meses. De acordo com as informações, nos últimos dias, a elefanta apresentava cólicas e perda de apetite.

Ela seguia se alimentando e recebendo medicamentos. que ajudavam a aliviar o desconforto.

O santuário informou que, na tarde de sexta-feira, o animal expeliu cerca de um quilo e meio de pedras. Em seguida, começou a enfraquecer.

Enquanto um dos cuidadores levava água, suas patas cederam. A equipe veterinária correu para socorrê-la, mas ele não resistiu.

Pupy se foi como viveu aqui: com doçura, serenidade e o olhar tranquilo de quem finalmente conheceu o que é ser cuidada.

CATIVEIRO – A elefanta Pupy viveu mais de 30 anos em cativeiro, no antigo Ecoparque de Buenos Aires, um espaço pequeno e urbano conhecido como o “Templo Hindu dos Elefantes”.

Ela chegou ao zoológico argentino em 1993, vinda da África, e passou praticamente toda a vida ali, longe do ambiente natural e da liberdade que um elefante precisa para viver bem.

Em abril deste ano, Pupy conheceu finalmente a liberdade.

Chegou ao santuário de Chapada dos Guimarães, após uma longa jornada e se adaptou com rapidez.

Ela foi a primeira elefanta africana do santuário mato-grossense e, no novo lar, teve espaço, cuidados e autonomia para ter uma vida de uma forma mais tranquila e digna.

Segundo os cuidadores, Pupy, era doce, curiosa e pacífica. Adorava melancia, bambu e os picolés de frutas no verão.

Também gostava de derrubar pequenas árvores e se cobrir de lama nos dias de chuva.

Durante as tardes mais quentes, costumava escolher um cantinho sombreado para descansar, sempre de olho nos sons da mata.

Era paciente, mas muito curiosa: observava cada movimento dos tratadores, como se quisesse entender tudo o que acontecia ao seu redor.

Uma equipe de patologia também irá realizar a necropsia, que poderá oferecer mais respostas. O resultado pode levar até três meses. (Diário de Cuiabá)