O deputado estadual Eduardo Botelho (União) voltou de viagem direto para a presidência da Assembleia Legislativa. Nesta segunda-feira (14), informou à imprensa que deve se reunir com o primeiro secretário Max Russi (PSB) para uma conversa sobre as principais pautas e projetos da Casa, além de reforçar que não há nenhum desentendimento entre os dois por conta do imbróglio judicial.
Na condição de primeira vice, a deputada Janaina Riva (MDB) assumiu a presidência da AL durante licença de Botelho, na semana passada, considerada a semana da mulher.
“Estamos voltando com muita tranquilidade. É evidente que a presidência é um cargo de muita responsabilidade, onde temos que ficar mais comedidos com relação a tudo que a gente fala e com relação aos projetos. Vamos continuar sempre no mesmo caminho, defendendo esse caminho harmonioso junto com todos os Poderes e continuar esse trabalho que começamos em 2019. Eu e Max já gerimos a Casa juntos. Não tem muita mudança. É mudança de sala”, começou.
“Não resta dúvida de que Janaina cumpriu bem o trabalho. Ela, como sendo a única mulher, foi prestigiada para assumir a presidência e ela cumpriu bem o trabalho”, completou.
Nessa linha, Botelho destacou que não haverá mudanças no secretariado da Casa e que se reunirá com Max Russi para alinhamento das demandas.
“Não tem mudança nenhuma no secretariado. A gestão não muda. Supremo é supremo. Nós temos que aguardar a decisão dele. Tudo pode ocorrer. Nós vamos ainda discutir com os deputados. Tem vetos para serem vetados, tem projetos para serem votados. Vou ter ainda uma reunião para vermos o que vamos priorizar”, finalizou.
ENTENDA
Max Russi esteve à frente da Casa de Leis pelo período de um ano. Na prática, Max e Eduardo Botelho acabaram trocando de cadeira, já que o psbista ocupava a cadeira de 1º secretário, que foi assumida por Botelho com as novas eleições, determinadas pelo STF.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi divulgada em fevereiro, como parte do relatório à ação direta de inconstitucionalidade (ADI), que será analisado pelo pleno da Corte Suprema e que poderá ser cassado pelo colegiado.
Com manifestações favoráveis dos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes à recondução de Botelho, o julgamento do mérito estava em vias de ser encerrado no dia 8, mas, com o pedido de vistas, não há informações sobre quando o julgamento será concluído.
No início de 2021, o relator, ministro Alexandre de Moraes, determinou novas eleições na Casa de Leis, o que culminou no mandato de Max Russi (PSB) à frente da presidência da AL. No último dia 22, entretanto, reformou sua decisão, determinando o retorno imediato de Botelho à cadeira de presidente.
No voto plenário, por outro lado, manteve seu entendimento inicial, alegando que “não há como entender presentes razões de segurança jurídica e interesse social no prolongamento injustificado do cenário de inconstitucionalidade apontado pelo Plenário da Corte”.
Fonte: Hipernoticias